O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) fez um apelo ao Judiciário de Mato Grosso para que Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos e seu filho, Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos, não sejam soltos após audiência de custódia. Benedito e Gustavo foram presos ainda nesta quarta-feira, 23 de abril, pelo assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos. A adolescente foi executada com a participação de dois adolescentes que seriam membros do Comando Vermelho. Benedito e Gustavo serão ouvidos ainda nesta quinta-feira, 24 de abril, em audiência de custódia.
O apelo de Abilio foi feito durante a coletiva de imprensa do Caso Heloysa, realizada nesta quinta-feira, na sede da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp-MT). Abilio, que participou do atendimento à mãe de Heloysa, levada pelo próprio Benedito em uma tentativa de disfarçar a sua participação no crime.
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“A única coisa que a gente a pedir é que não libere esses vagabundos em uma audiência de custódia. A única coisa que a gente tem a pedir é que não libere esses vagabundos em uma audiência de custódia. Que nem um juiz, nem um desembargador facilite a vida para esses caras”, afirmou o prefeito.
Abilio também parabenizou o trabalho das forças policiais que em conjunto conseguiram prender todos os criminosos envolvidos no crime, dois adultos, pai e filho e dois menores de idade, adolescentes que seriam membros do Comando Vermelho.
“A única coisa que não pode demonstrar fragilidade é tudo isso virar nada, isso não pode acontecer. Então todo esse esforço que eu quero pedir ao poder judiciário que nós não podemos deixar que esse caso ou nem um outro semelhante a esse fique impune diante da Justiça”, completou o prefeito.
Abilio ainda afirmou que se caso os criminosos não tivessem matado Heloysa dentro da casa, ela teria sido resgatada com vida devido a celeridade que as forças policiais agiram.
O CASO
Heloysa foi agredida e asfixiada até a morte com um cabo usb. O corpo da vítima foi levado e desovado em um poço no bairro Ribeirão do Lipa.
O crime foi encomendado pelo padrasto da vítima, Benedito, que convenceu o filho a participar. O filho, Gustavo, trouxe dois adolescentes para participarem do crime que foi simulado como se fosse um assalto.
O alvo era a mãe de Heloysa e no momento que os bandidos invadiram a casa, se depararam com a adolescente, que foi rendida, agredida e morta. Tudo isso ocorreu sob os olhos de Benedito, que testemunhou tudo e que foi embora da casa sabendo que adolescente havia sido morta.
A mãe de Heloysa chegou minutos depois na casa e se deparou com os criminosos, que a agrediram, mas não a mataram pois desistiram da ação no último momento.
Gravemente ferida, a mãe de Heloysa foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Leblon pelo próprio Benedito. O prefeito Abilio fez companhia para a vítima, sem saber que o mandante de tudo estava ali ao seu lado.
Logo, a Polícia Civil foi até a UPA e conduziu Benedito até a delegacia. Tudo isso enquanto outras equipes de segurança atuavam na caçada aos envolvidos na morte da adolescente.
Segundo relatos, a motivação do crime teria sido passional. Um dos envolvidos, Benedito, era o atual companheiro de Suellen, e com ciúmes da mãe de Heloysa, que estaria mantendo contato com um ex-namorado, decidiu se vingar matando sua filha.
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