Vivemos um tempo em que a tecnologia permeia praticamente todas as áreas da vida humana. Está no bolso, nos bancos, no comércio, nos hospitais. E precisa, cada vez mais, estar também na gestão pública. No entanto, a realidade de muitos municípios brasileiros ainda revela um cenário de processos manuais, sistemas ultrapassados, serviços lentos e falta de transparência. Diante desse contexto, é urgente reconhecer o papel estratégico da Tecnologia da Informação (TI) como motor de modernização da administração pública municipal.
A transformação digital não acontece sozinha. Ela precisa ser planejada, conduzida e, acima de tudo, compreendida como uma prioridade. Nesse ponto, emerge a figura do gestor de TI: não como um mero operador de sistemas, mas como um verdadeiro articulador de mudanças.
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O gestor de TI é aquele que entende a fundo tanto as possibilidades tecnológicas quanto as necessidades específicas da prefeitura e da população. Ele é responsável por propor soluções inteligentes que simplifiquem a burocracia, tornem os serviços mais rápidos, seguros e eficazes, e aproximem o governo local dos cidadãos.
Implementar tecnologia na administração pública significa ir além da simples digitalização de papéis. É necessário reimaginar processos, redesenhar o atendimento ao público, integrar informações e, principalmente, criar uma cultura organizacional que valorize a inovação.
A TI bem aplicada pode proporcionar, por exemplo, a criação de plataformas digitais que dispensem a ida do cidadão até a prefeitura para resolver pendências, além de sistemas internos mais eficientes, canais modernos de participação popular e bancos de dados que auxiliem na tomada de decisões estratégicas.
Para que essa transformação seja efetiva, é fundamental que as prefeituras invistam em seus profissionais de TI, oferecendo capacitação contínua e valorização de carreira. Também é imprescindível que haja um planejamento sério para o uso da tecnologia, estabelecendo diretrizes claras sobre segurança da informação, gestão de dados e inovação.
Não se trata de um luxo ou de uma tendência passageira, mas de uma necessidade concreta para oferecer serviços públicos mais dignos, ágeis e eficientes.
A tecnologia, portanto, deve ser encarada como um pilar central para a construção de cidades mais organizadas, transparentes e conectadas com as reais necessidades da sociedade. E o gestor de TI é um parceiro estratégico nesse processo, alguém que transforma potencial em realidade. Investir na transformação digital dos municípios é investir na qualidade de vida das pessoas. Mais do que nunca, é hora de olhar para a tecnologia como uma prioridade e não apenas como uma opção.
Rodrigo Matos Medeiros
Subsecretário de Sistemas do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso
Advogado
Pós-graduado em Administração Pública, Ciência de Dados e Big Data Analytics