A juíza Silvana Ferrer Arruda, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o sargento da Polícia Militar (PMMT) Heron Teixeira Pena Vieira seja transferido para uma prisão na Escola de Praças de MT. Ele se entregou à polícia após 1 dia foragido. Heron foi alvo da "Operação Office Crimes - A Outra Face", que investiga o assassinato do ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, em frente ao seu escritório em 5 de julho do ano passado, em Cuiabá. A decisão é do último sábado, 8 de março.
"Determino que o apresentado seja encaminhado para a ESFAP - Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, com a advertência de não manter contato com qualquer dos polícias, em tese, envolvidos no crime pelo qual ele teve sua prisão decretada.", decidiu.
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A magistrada explicou que a medida é para manter a integridade do militar, já que ele por ser policial não poderia ser preso em penitenciária comum.
"Assegurando, inclusive, a sua permanência em local seguro, uma vez que é policial militar, e, por conta do exercício dessa função, pode ter problemas sérios com relação à sua segurança", sustentou.
OFFICE CRIME - A OUTRA FACE
A operação prendeu quatro militares da Rotam e um caseiro de uma propriedade rural localizada no bairro Capão Grande, em Várzea Grande. A propriedade pertence a Heron Teixeira Pena Vieira, que segundo as investigações, havia sido escalado para matar o advogado, mas que “terceirizou” a execução ao caseiro, identificado como Alex Roberto de Queiroz Silva.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
Assassinato de Renato Nery
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
"É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido", disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.