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Judiciário Sexta-feira, 07 de Março de 2025, 09:00 - A | A

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FARDA MANCHADA

PM alvo de operação foi condenado por associação ao tráfico e namorava testa de ferro

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O terceiro-sargento do batalhão da Rotam Heron Teixeira Pena Vieira e Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro, já foram alvos da Polícia Federal em uma ação contra o tráfico de drogas. No inquérito policial, Heron ainda é apontado como namorado da “testa de ferro” do esquema, Ingrid Tatiele dos Santos Moreira. A Operação Camada é de 2022.

Segundo o inquérito, o policial militar teria recebido R$ 29 mil e o caseiro R$ 124 mil com o tráfico de drogas.

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Heron é apontado, pelo Ministério Público, como o fornecedor da droga para a colega de esquema.

“Segundo narra o Ministério Público, tal acusado, além de ser beneficiário dos depósitos feitos na conta de Ingrid, dinheiro este que seria pagamento de negociações de drogas, também seria fornecedor de tais drogas à Alic [Alice Fernanda Mendes da Silva] e, o que fazia por meio de Ingrid, com quem tinha também um relacionamento íntimo. Diz a denúncia que o acusado adquiria a droga em viagens noturnas rápidas as repassava à Alice”, consta nos autos.

Além disso, ele é apontado por dar apoio à Ingrid para retirar drogas em Nova Mutum.

Em depoimento, Ingrid contou que tinha um relacionamento amoroso com Heron e que ele já teria prendido a irmã dela duas vezes por tráfico. O policial confirmou a versão e disse que conheceu Ingrid após prender o marido dela e para justificar as cobranças das quantias, ele afirmou que faz agiotagem desde 2015.

Já o caseiro, Alex é o principal beneficiado do esquema, tendo recebido um dos maiores repasses. O dinheiro foi repassado por Alice a mando de Ingrid.

“Era também beneficiário dos depósitos recebidos na conta de Ingrid, cujo montante seria o pagamento referente a compra de drogas. Diz a denúncia que Alex não tinha emprego desde o ano de 2015, mas seria o principal beneficiário dos depósitos ilícitos de Ingrid, consta esta controlada por Heron”, disse denúncia.

Neste processo, Alex foi condenado a 4 anos e 8 meses no regime semiaberto, por associação ao tráfico. Já o militar foi condenado a 8 anos e 10 meses por associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, em regime fechado. A sentença é do dia 12 de março de 2024, da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.

Alex e Heron tiveram a prisão decretada por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, na "Operação Office Crimes - A Outra Face", deflagrada na manhã desta quinta-feira, 6 de março.

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