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Judiciário Sexta-feira, 12 de Maio de 2023, 16:55 - A | A

Sexta-feira, 12 de Maio de 2023, 16h:55 - A | A

COMPENSAÇÃO

Juiz bloqueia bens de autor da chacina de Sinop para indenizar família de vítima

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

O juiz Cleber Luis Zeferino de Paula, da 2ª Vara Cível de Sinop, determinou o bloqueio dos bens móveis e imóveis pertencentes a Edgar Ricardo de Oliveira, réu pelo assassinato de sete pessoas no caso que ficou conhecido como “a chacina de Sinop”. A decisão atende pedido formulado pela família de uma das vítimas, Maciel Bruno de Andrade, dono do bar onde ocorreu a chacina.

Na decisão, proferida na última segunda-feira, 8 de maio, o juiz aponta que há risco de dissipação dos bens de Edgar até o julgamento do caso e, por isso, entende que é prudente o bloqueio dos bens imóveis e a averbação dos bens móveis. No entanto, ele rejeitou o bloqueio de contas bancárias, por hora, para não punir a família de Edgar.

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“Todavia, inobstante as fundadas evidências da prática de crime pelo requerido, se mostra extrema a determinação de indisponibilidade da totalidade de seu patrimônio, haja vista que tal medida pode acabar punindo sua família e eventuais dependentes, sem que tenha ocorrido o encerramento do processo criminal”, diz trecho da decisão.

Desta forma, o juiz mandou oficiar o Cartório de Registro de Imóveis de Sinop, para bloquear as matrículas de quaisquer imóveis existentes em nome de Edgar. Determinou ainda que seja enviada notificação ao Detran, para incluir a anotação sobre a existência dessa ação em veículos que pertencem a Edgar.

A CHACINA

A chacina foi cometida na tarde do dia 21 de fevereiro de 2023, último dia de Carnaval, em um bar de Sinop. Edgar jogava sinuca naquele dia e perdeu cerca de R$ 4 mil em uma aposta. Após isso, pessoas que estava no bar começaram a zombar da aposta. Edgar saiu do local e voltou na companhia de Ezequias Souza Ribeiro. Todo o crime foi filmado.

As imagens da câmera de segurança do bar mostram o momento que a dupla chega no bar. Ezequias é o primeiro a sair, armado com uma pistola, ele coloca as vítimas contra a parede. Após isso, Edgar se aproxima com uma espingarda e atira à queima roupa contra as vítimas. Uma adolescente de apenas 12 anos tentou fugir, mas acabou sendo atingida pelas costas.

Após cometerem a atrocidade, Edgar e Ezequias fugiram em uma caminhonete S10. Logo depois, eles se separaram. Ezequias foi localizado por policiais da Força Tática em uma região de mata. Ele ainda trocou tiros com os militares, mas acabou sendo atingido e não resistiu aos ferimentos.

Edgar se abrigou na casa de um conhecido e, com medo de morrer em confronto, acionou o advogado Marcos Vinicius, que negociou sua rendição.

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