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Judiciário Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 18:14 - A | A

Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 18h:14 - A | A

TERROR EM CONFRESA

Homem apontado como articulador de ataque é condenado a 27 anos de prisão

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Jocivan Jovan de Araújo a 27 anos de prisão por ter participado do ataque à um carro-forte em Confresa (1.050 km de Cuiabá). O ataque ocorreu em abril de 2023 e aterrorizou os moradores da região. Jocivan, que também é conhecido como “Perna” ou “Pernambuco”, foi um dos únicos a se render no momento da prisão, outros 18 morreram em confronto na fronteira de Mato Grosso com Tocantins. A decisão é desta segunda-feira, 20. 

“Condenar o acusado Jocivan Jovan de Araújo como incurso nas sanções penais do art. 2º, §2º da Lei 12.850/2013, com as implicações da Lei 8.072/90 (art. 1º, parágrafo único, V); (b) condenar o acusado Jocivan Jovan de Araújo como incurso nas sanções penais do art. 157, §2º, II e III, §2º-A, I e II, bem assim §2º-B c.c 29 do CPB pelo fato em que figura como vítima a empresa Brinks, com as implicações da Lei 8.072/90 (art. 1º, II, b)”, decidiu.

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Como cita nos autos, Jocivan foi condenado por integrar uma organização criminosa, com o agravo de crime hediondo. Além disso, o réu também foi condenado pelo artigo 157 do Código Penal que é o roubo por meio de grave ameaça e violência, com os agravos de vítimas em transporte de valores, utilizar arma de fogo e utilização de explosivos.

O crime foi cometido ao estilo do “Novo Cangaço” e o papel de Jocivan foi apontado como articulador do assalto. Ele foi preso foragido em Tocantins após 1 mês do crime e, durante a audiência de custódia, teria apresentado um nome falso. O grupo pretendia levar R$ 60 milhões com o roubo.

As buscas pelos bandidos duraram 23 dias e se transformou na Operação Canguçu, que mobilizou cerca de 350 militares de cinco estados.

Outro membro, Paulo Sérgio Alberto de Lima, foi condenado no último dia 2 de maio a 56 anos de prisão pelos crimes do assalto e também pelos crimes cometidos durante a fuga.

SOBRE O ATAQUE

No dia 9 de abril de 2023, um grupo de criminosos fortemente armados causou momentos de terror em Confresa. Os bandidos invadiram a cidade para assaltar a empresa Brinks, especializada no transporte de valores, nos moldes da tática conhecida como Novo Cangaço. Eles esperavam roubar R$ 60 milhões.

Enquanto os bandidos atacavam a sede da empresa, um outro grupo teria atacado a base da Polícia Militar no município. Um veículo foi queimado na frente do batalhão, para manter os PMs ocupados. Outros carros também foram incendiados em vários pontos da cidade.

Logo após o crime, o grupo seguiu para o estado de Tocantins. Nos dias que se passaram, os bandidos entraram em confronto com a polícia diversas vezes.

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