Apesar de não ter conseguido se reeleger este ano, o presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), afirmou que não se dá por vencido. Em conversa com jornalistas na noite desta terça-feira (17), Misael afirmou que vai se dedicar a reeleger o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que enfrentará Abílio (Podemos) no segundo turno, marcado para o dia 29.
“Eu não estou fragilizado. Eu tô vivo e pronto para guerra. Vou guerrear e vou fazer ser vitorioso para o povo cuiabano”, disse Misael, defendendo a eleição de Emanuel.
Misael avalia que os embates que teve com Abílio na Câmara Municipal não tiveram qualquer influência sobre o resultado da votação a seu favor. Os dois ‘bateram boca’ diversas vezes em plenário, principalmente durante o processo de cassação de Abílio por supostos excessos durante a fiscalização de órgãos públicos. Na ocasião, Abílio chegou a gravar um vídeo dizendo que voltaria para retirar todos os aliados de Misael da Câmara.
“Ele cometeu erro, o processo foi legal e o povo vai julgar. Eu acho que o povo tem que fazer uma reflexão: qual é a Cuiabá que querem. A Cuiabá do desenvolvimento, do crescimento, das obras, que é o prefeito Emanuel Pinheiro... Ou arriscar a dúvida em uma pessoa desequilibrada, que não tem equilíbrio emocional e nem respeito com as pessoas”, disse.
Depois, completou: “Não é o Abílio quem tira ninguém. O Abílio tem só um voto, que é o dele, e tenho certeza que ele não votou para mim”.
Críticas à postura de Abílio durante o último mandato não faltaram. Misael apontou principalmente o fato de que Abílio não teria votado a favor de nenhum dos projetos de obras estruturantes que passaram pela Câmara de Cuiabá, como o da Avenida Contorno Leste, um dos projetos tidos como mais importantes na campanha de Emanuel Pinheiro.
“O Abílio não votou nem um projeto de asfalto. O povo precisa saber disso. O asfalto que tá chegando nos bairros não teve voto de Abílio não. [...] Eu quero saber se o Abílio votou a favor do Contorno Leste, a favor do povo cuiabano, para interligar toda essa região. Se ele votou nos viadutos, se ele votou no asfalto da periferia. Se ele falar que votou e mostrar, aí é diferente. Agora é a hora de separar quem gosta, ama e quer o bem de Cuiabá, de quem votou contra o povo cuiabano”, concluiu.
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