O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) afirmou que não irá entregar a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores nas mãos da facção Comando Vermelho, do deputado estadual Eduardo Botelho (União) e nem do ministro Carlos Fávaro. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 6 de outubro, durante visita à Assembleia Legislativa, Abílio disse também que irá tornar públicas as articulações e pode até intervir na Câmara caso sua gestão for colocada em xeque.
"Não vou entregar a Mesa para o Comando, para Fávaro, não vou entregar a Mesa para Botelho, para nenhum desses grupos. Se tiver que enfrentar, nós vamos enfrentar [...] tem um vereador da Polícia Federal respondendo por isso. Não vou entregar a Mesa. Eu deixei claro", disse.
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Abilio disse também que está “rolando dinheiro” para compra de votos na disputa pela Presidência da Câmara de Vereadores.
“A gente sabe com quem está lidando, a gente sabe as forças que a gente está lidando, já ouvimos boatos de que está rolando dinheiro para conseguir votos na Mesa da Câmara. Eu vou tornar público sempre que chegar aos meus ouvidos essas coisas e não tenho medo de enfrentar”, disse.
A queda de braço em torno da eleição da presidência da Câmara tomou força após um dos candidatos, o vereador Pastor Jefersson (PSD), tomar satisfação com Abilio nessa terça-feira, 5, porque o prefeito eleito acusou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e o deputado Eduardo Botelho estarem interferindo na disputa. Para Brunini a manobra busca prejudicar sua gestão.
Em contraponto, Abilio defende uma chapa composta apenas por mulheres para comandar a Mesa Diretora. Brunini sugeriu ainda que a presidente deve ser a vereadora eleita Paula Calil (PL), irmã do deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), apoiador de Abílio.
Questionado se estaria invadindo a competência do parlamento municipal, Abilio disse que vai intervir quando forças externas ameaçarem o andamento de sua gestão. Ele defendeu que a Casa seja independente de forças externas.
“Quando forças externas ao Parlamento estão trabalhando para conquistar o Parlamento, para tentar coagir, cooptar, para tentar colocar faca no pescoço do prefeito, para tentar que ele não tenha uma gestão correta durante os dois primeiros anos, eu tenho que intervir. Eu tenho que ir lá e conversar com eles. Não sou eu que voto [...] não é invasão de poder, é uma defesa”, disse.