O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, prometeu estimular a indústria de biocombustíveis de Mato Grosso. A declaração foi feita na última sexta-feira (3), durante a primeira reunião da nova diretoria da Federação das Indústrias (Fiemt), da qual Alckmin participou por videoconferência.
Durante sua participação, Alckmin prometeu vir a Mato Grosso ainda este ano e afirmou que está à disposição para ouvir as reivindicações dos empresários do estado.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“A bioeconomia é importante, o etanol vai ter um impulsionamento. Hoje [sexta-feira, 3] me reuni com o pessoal do biodiesel e a maior parte das indústrias de biodiesel está em Mato Grosso [...]. O nosso compromisso também é com o custo de capital, a gente poder ter crédito mais barato para estimular o desenvolvimento”, disse o ministro.
Alckmin também lembrou que o setor é um importante gerador de empregos no estado e há até falta de profissionais para trabalhar nas indústrias do estado. Além do mais, o governo possui o compromisso de combater as mudanças climáticas e os biocombustíveis - biodiesel, etanol, biogás e biometano - fazem parte da estratégia para alcançar esse objetivo.
O ministro também falou em disponibilizar crédito barato para ser investido na logística do estado, que apesar de ser um grande produtor e estar se destacando na industrialização de sua produção, fica muito longe dos portos para exportação.
“Precisamos ter boa logística, ferroviária, hidroviária, rodoviária e integração dos vários modais”, completou.
Em Mato Grosso, alguns projetos de logística estão recebendo massivos investimentos, como o feito pela Rumo S.A para estender a malha que chega a Rondonópolis, levando os trilhos da ferrovia até Lucas do Rio Verde e também a Cuiabá. Além disso, outro projeto em execução é a extensão dos trilhos da ferrovia Norte-Sul, de Mara Rosa (GO) até Água Boa (MT), importante região produtora.
Alckmin também lembrou do projeto da Ferrogrão, que deve ligar o município de Sinop até o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). O projeto está atualmente travado em razão de questões ambientais. Porém, o atual ministro dos Transportes, Renan Filho, já disse que vai trabalhar junto à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para destravar o projeto.
FERTILIZANTES
Também durante a reunião, o presidente da Fiemt, Sílvio Rangel, cobrou investimento na construção de um etanolduto, que servirá para escoar a produção de etanol, principalmente o combustível fabricado a partir do milho, para os grandes centros urbanos do país, além de facilitar o processo de exportação.
Outro ponto cobrado pela indústria mato-grossense foi o investimento em fábricas de fertilizantes, uma das deficiências do país.
Como resposta, Alckmin disse que o governo vai reativar o Confert, um conselho para o Plano Nacional de Fertilizantes, e estimular a expansão desse setor.
“Nos próximos dias deve estar sendo reinstalado o Confert [...], para a gente estimular e rapidamente retomar a indústria de fertilizantes aqui no Brasil. Hoje, só temos duas [fábricas] operando na Bahia, mas são privadas. Acho que pode estimular mais as empresas privadas e a Petrobras também pôr para funcionar [suas fábricas]”, disse.
Atualmente, a Petrobras possui diversas fábricas de fertilizantes, que tiveram suas atividades interrompidas nos últimos anos. Dentre elas, estão as plantas de Araucária (PR), Três Lagoas (MS) e Uberaba (MG). Alckmin também disse ser necessário estimular a exploração de minas de potássio e fósforo.