Familiares e amigos do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, se reuniram em frente à Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira, 14 de julho, em mais uma manifestação para pedir o afastamento e punição do vereador Tenente-Coronel Marcos Paccola (Republicanos). A previsão é que os vereadores decidam hoje sobre o afastamento imediato de Paccola, enquanto seguem as investigações sobre a morte de Alexandre.
Responsável por organizar a manifestação, Paulo César de Souza, presidente do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo (SINDPSS-MT), instruiu seus companheiros a manter o tom pacífico da manifestação.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Se não pagar aqui, uma hora vão pagar”, disse Paulo, em uma preleção aos manifestantes, pedindo que confiem em Deus e nas instituições.
Em conversa com jornalistas, Paulo explicou que os amigos de Alexandre tinham receio de participar da manifestação, devido ao uso político da morte de seu companheiro.
“Você pode ver que não tem um número muito grande de pessoas. Receio porque a gente viu nas mídias sociais várias questões de cunho político e a intenção nossa não é essa. A intenção é prestar homenagem e pedir por justiça pro colega que se foi”, disse.
Paulo avalia que já não adianta fazer pressão sobre os vereadores e a Câmara em busca de um resultado, pois todos já tiveram tempo suficiente para assistir o vídeo da morte de Alexandre e formar sua opinião quanto ao ocorrido.
“Todos que viram o vídeo já têm o seu entendimento do que ocorreu ali. Então, a gente não tá aqui mais pra acusar, pra fazer mais nada. O que foi posto, o próprio Direito já fala: contra fato não há argumento. Agora, esperamos aqui pacificamente, sem ameaça ou querer fazer justiça com as próprias mãos, simplesmente que os órgãos competentes façam a sua parte”, concluiu.
O CASO
Paccola é investigado por matar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa durante uma confusão em uma distribuidora de bebidas no Centro de Cuiabá, na noite do dia 1º de julho. O vereador alega que agiu em legítima defesa própria e de terceiros, afirmando que Alexandre estava armado e representava uma ameaça às pessoas ao redor. Essa versão é contestada pela namorada de Alexandre, que estava no local.
O Ministério Público (MP-MT) e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pesssoa (DHPP) chegaram a pedir a prisão preventiva de Paccola, mas a Justiça rejeitou, alegando que não há demonstração de que o vereador represente perigo imediato à sociedade.
VEJA OS VÍDEOS