Assim como é importante a prática de esportes na terceira idade, exercitar o cérebro também é essencial. Essa prática auxilia as conexões entre os neurônios e ativa a memória. Os prejuízos funcionais decorrentes da idade avançada podem acarretar a perda da autoestima, isolamento social e familiar, além de desencadear doenças como ansiedade e depressão.
Para ativar a memória e outros sentidos, idosos que participam dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos estão sendo incentivados a realizar trabalhos manuais. No polo do Cristo Rei, são oferecidas oficinas de bijuterias; no Mapim, oficinas de bonecas de fuxico; no polo Figueirinha, confecção de brinquedos sensoriais; e no Serra Dourada; os idosos estão produzindo artesanatos e porta-trecos a partir de latas que seriam descartadas.
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Bernadete Miranda, coordenadora da Proteção Especial Básica, destaca que o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do município busca trabalhar com os idosos não apenas o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, mas também atividades que auxiliem na coordenação motora, raciocínio, saúde e bem-estar.
“Os encontros acontecem duas vezes por semana, e os grupos se dedicam a várias atividades. As orientadoras sociais propõem as tarefas de acordo com a disposição dos idosos, e a partir daí eles trabalham os projetos de forma coletiva”, explica Bernadete.
Nelita Forte de Oliveira, orientadora social do grupo de idosos do polo Cristo Rei, detalha que a proposta é proporcionar ao grupo novas experiências, seja com jogos, receitas de bolos, caminhadas e, por que não, na arte de criar produtos que possam ser presenteados ou comercializados. Atualmente, Nelita está coordenando a montagem de bijuterias. “Eles estão fazendo pulseiras e colares. Quem não gosta de receber presentes? Um colar feito à mão é sempre uma boa opção. Eles não só aprovaram a iniciativa como também criaram suas próprias peças”.
Ana Cristina Vieira, secretária de Assistência Social, informa que a troca de experiências entre os participantes e a valorização da vida coletiva é uma missão do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. “Nós não só apoiamos, como fazemos questão de aplicar todas as políticas públicas voltadas ao grupo da terceira idade, incentivando a interação e contribuindo para o bem-estar físico e mental dos idosos”.
Ana Cristina destaca que ao longo do ano os grupos de idosos participam de atividades físicas, artísticas, culturais e celebrações de eventos temáticos. “O mês de junho, por exemplo, é celebrado em todos os polos e os idosos participam ativamente, com dança, música e muita diversão. Nessas festividades, eles se envolvem e interagem entre os grupos de outros polos, numa atmosfera de prazer e bem-estar”.
Sobre as oficinas de bijuterias e produtos artesanais, a secretária ressalta que essas iniciativas são importantes para todas as idades, especialmente para os idosos. “Quando o cérebro não é estimulado, ele perde a capacidade de executar funções. A pessoa tem maior probabilidade de esquecer nomes, números e fatos importantes de sua vida, além de perder agilidade em atividades corriqueiras. Por isso, é fundamental manter o cérebro sempre ativo”.
