O trio que assassinou motoristas de aplicativo em Várzea Grande quase fez mais uma vítima, que conseguiu escapar após desconfiar da intenção dos criminosos. O motorista Iverlei Figueiredo de Campos esteve nesta terça-feira, 15 de abril, em frente à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou à reportagem do Estadão Mato Grosso que "Deus protegeu" no momento daquela corrida, que poderia ter um final trágico.
Iverlei conta que recebeu um chamado de uma corrida feita por uma mulher com o nome de Marizete, mas quando chegou no local só viu dois homens e, por isso, resolveu não abrir a porta do carro. A viagem foi chamada na madrugada de sábado, 13, para domingo, 14, em um local considerado perigoso e sentiu no coração para não parar no momento da abordagem.
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“Continuei a trabalhar, mas não peguei eles como passageiro, né?! E agora, segunda-feira, eu tô vendo isso aí, dá um negócio ruim na gente, né?! Eles me viram, porque quando eu passei com o carro, eles vieram em direção à minha porta traseira, mas eu continuei, eu não parei. Eu olhei no rosto deles e Deus me protegeu”, relatou.
A corrida foi solicitada em um endereço atrás da antiga casa de shows Galpão, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
“É ali atrás do Galpão, mas numa rua lá embaixo, numa rua lá embaixo. A gente estava numa esquina, tem uma esquina ali que tem um ginásio, que parece que é poliesportivo, mas é um lugar um pouco ermo”, explicou.
Ao recusar a corrida e deixar o local, Iverlei conseguiu se livrar de um destino trágico. Segundo a Polícia, os criminosos não escolhiam as vítimas, apenas solicitavam a corrida em nome de uma mulher e assaltavam o motorista que aceitasse.
Segundo o delegado Nilson Farias, responsável pela investigação na DHPP, os criminosos revelaram que tomaram gosto pelo assassinato e estavam matando suas vítiams apenas para satisfazer o desejo por sangue.
Por se tratar de um comportamento progressivo, conforme explica o delegado, os criminosos poderiam fazer ainda mais vítimas pelos próximos dias, caso não tivessem sido detidos pela Polícia. Inclusive, eles teriam confessado que pretendiam assassinar um motorista por dia.