Vivendo em dias de calamidade pública por causa da falta d’água, os moradores de Várzea Grande irão fazer mais um protesto, dessa vez, na frente da Prefeitura. Programado para ocorrer às 16h desta quinta-feira (13), este será o quarto de uma onda de protestos que vem ocorrendo desde o começo da semana.
Conforme comunicado divulgado nas redes sociais, os manifestantes chegarão no local da manifestação por volta das 16h com utensílios de cozinha para fazer barulho e vestindo roupas pretas.
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A manifestação, segundo o comunicado, será pacifica e terá como objetivo fazer as reclamações da população serem ouvidas.
SITUAÇÃO DE CALAMIDADE
Nesta quarta-feira, a prefeita Flávia Moretti (PL) decretou estado de calamidade pública na cidade por conta da falta d'água. Segundo a Prefeitura, o constante desabastecimento foi provocado por conta de atos de sabotagem e vandalismo nas unidades que compõem o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
“Com esse decreto será possível acelerar o diagnóstico e desenvolver um plano emergencial para desburocratizar as compras e aquisições para restabelecer o funcionamento da água o quanto antes”, declarou a prefeita.
Esse trabalho inclui:
- Segurança reforçada: a Guarda Municipal está protegendo as instalações do DAE para evitar furtos de cabos, sabotagens e vandalismo.
- Limpeza e manutenção: com apoio da Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, áreas de captação e estações de tratamento passam por limpeza e manutenção regular.
- Reparo emergencial de bombas e redes: todas as bombas reservas que estavam quebradas foram enviadas para manutenção hoje, incluindo as da ETA Imigrantes e da ETA Júlio Campos, que reduziram a produção das duas em 50%. Com o conserto, as duas unidades poderão operar novamente em sua capacidade total.
- Suporte da Secretaria de Viação e Obras: instalação de iluminação e câmeras de vigilância para coibir roubos e furtos.
Os efeitos do decreto serão válidos por 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período. A renovação do decreto será mediante relatório técnico e aprovação do Comitê de Gestão de Calamidade Pública do Município.
Com fundamento na Lei Federal nº 14.133/2021, e sem prejuízo à Lei de Responsabilidade Fiscal, ficam dispensadas de licitação as aquisições de bens e contratações de obras e serviços necessários para enfrentar a situação de emergência e restabelecer os sistemas de abastecimento de água do Município.
Durante o período de calamidade fica proibido o uso de água fornecida pelo Município para o abastecimento e reposição de água em piscinas e a lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com uso de mangueiras.
ONDA DE MANIFESTAÇÕES
As últimas manifestações nesta semana, apesar de não terem sido palcos de conflitos, causaram caos com a queima de fileiras de pneus em diversos pontos de Várzea Grande
A última manifestação, nesta quarta-feira (12), tomou como palco a entrada do bairro São Matheus, onde uma fileira de pneus foi queimada para trancar a entrada e saída de veículos.
Leia mais sobre as manifestações aqui.
