Manifestantes realizaram, na manhã deste sábado (5), em Cuiabá, um protesto por justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro, no último dia 24.
A concentração começou às 9h, na Praça da Mandioca, no Centro da capital. O manifestantes se reuniram com faixas cobrando justiça pela morte do congolês.
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No palanque, os manifestantes se revezaram nos discursos. Além de cobrar justiça pelo caso, eles ainda fizeram exposição sobre os casos de racismo no Brasil.
A vereadora Edna Sampaio (PT) destacou que os corpos negros buscam ocupar espaços para mudar uma realidade absolutamente cruel, que só conhece quem é preto e quem é preta.
"O racismo é a interdição cotidiana que as pessoas negras têm de ocupar espaços de poder. O racismo é a compreensão da branquitude que chegou primeiro controlando o estado e não abre espaço para nenhum negro entrar", discursou a vereadora Edna Sampaio.
Morto com mais de 30 pauladas
O congolês foi vítima de uma sequência de agressões, segundo a família, após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado no quiosque. O corpo dele achado amarrado em uma escada.
Para a polícia, entretanto, a confusão e, em seguida, o espancamento não aconteceram por conta da suposta dívida. A motivação do crime ainda é investigada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital.
Atualmente, três agressores flagrados pelas imagens de uma câmera de segurança do quiosque estão presos pelo crime. A polícia, a princípio, os indiciou por homicídio duplamente qualificado.
Uma testemunha que viu o espancamento de Moïse contou que os agressores disseram para ela não olhar porque o homem que estava apanhando com um porrete de madeira era um assaltante.
Ela disse ainda que os autores mentiram para os socorristas, afirmando que o corpo já estava no local do crime.