Catorze ex-executivos das Lojas Americanas são alvo, nesta quinta-feira, 27 de junho, da Operação Disclosure, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nas investigações das fraudes contábeis de R$ 25 bilhões dentro da empresa.
Foragidos
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• Anna Christina Ramos Saicali
• Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, ex-CEO
Alvos de buscas
• Anna Christina da Silva Sotero
• Carlos Eduardo Rosalba Padilha
• Fabien Pereira Picavet
• Fábio da Silva Abrate
• Jean Pierre Lessa e Santos Ferreira
• João Guerra Duarte Neto
• José Timotheo de Barros
• Luiz Augusto Saraiva Henriques
• Marcio Cruz Meirelles
• Maria Christina Ferreira do Nascimento
• Murilo dos Santos Correa
• Raoni Lapagesse Franco Fabiano
A 10ª Vara Federal Criminal ainda determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em bens dos envolvidos.
Miguel e Anna Christina estão no exterior. Seus nomes foram incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.
Americanas se diz vítima
A Americanas divulgou a seguinte nota:
“A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.”
Como era a fraude
De acordo com a PF, a fraude maquiou os resultados financeiros do conglomerado a fim de demonstrar um falso aumento de caixa e consequentemente valorizar artificialmente as ações das Americanas na bolsa.
Com esses números manipulados, segundo a PF, os executivos recebiam bônus milionários por desempenho e obtiam lucros ao vender as ações infladas no mercado financeiro.
A operação é fruto de investigação iniciada em janeiro de 2023, após a empresa ter comunicado a existência de “inúmeras inconsistências contábeis” e um rombo patrimonial estimado, inicialmente, em R$ 20 bilhões. Mais tarde, a Americanas revelou que a dívida chegava a R$ 43 bilhões.
Foram identificados vários crimes, como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (ou insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os alvos poderão pegar até 26 anos de prisão.
A força-tarefa contou com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atual administração do Grupo Americanas também contribuiu com o compartilhamento de informações da empresa.
Disclosure, expressão utilizada pela Polícia Federal para designar a operação, é um termo do mercado de capitais referente ao fornecimento de informações para todos os interessados na situação de uma companhia e tem relação com Polícia Federal para designar a operação, é um termo do mercado de capitais referente ao fornecimento de informações para todos os interessados na situação de uma companhia e tem relação com a necessidade de transparência das empresas de capital aberto.