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Brasil Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, 12:08 - A | A

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PRIORIDADES

Cresce número de brasileiros interessados em carreira no exterior

Interesse aumentou de 60%, em 2021, para 70%

Assessoria

Uma pesquisa global realizada pelo instituto Ipsos em parceria com a Gi Group Holding, multinacional italiana do setor de recursos humanos, revela um crescente desejo dos brasileiros de buscar oportunidades profissionais no exterior. Segundo o levantamento, 70% dos entrevistados manifestaram interesse em vivenciar uma experiência internacional, enquanto 63% consideram atrativa a ideia de estabelecer sua carreira fora do Brasil. Esses números apresentam um aumento em comparação com 2021, quando os índices eram de 60% e 59%, respectivamente.

A pesquisa entrevistou 3.300 pessoas, todas com ensino superior, com idade entre 24 e 40 anos de 12 países, incluindo potências como China, Reino Unido e Alemanha e países emergentes, como Índia e Brasil, focando em trabalhadores com diferentes níveis hierárquicos e abrangendo tanto gestores quanto funcionários de nível operacional dos mais diferentes setores.

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Esse crescimento reflete uma mudança nas prioridades dos trabalhadores brasileiros, que estão menos focados em remunerações fixas elevadas e mais interessados em experiências que proporcionem desenvolvimento pessoal e profissional. “Essa transição no Brasil pode ser interpretada como parte de uma adaptação ao mercado de trabalho globalizado, onde a capacidade de se reinventar e adquirir novas habilidades é cada vez mais valorizada. Hoje o Brasil possui uma força de trabalho altamente qualificada e criativa, sendo um ambiente de novos talentos exportáveis.

A combinação dessas habilidades com as experiências no exterior permite ao profissional não apenas aprimorar sua qualificação, mas também aumentar sua competitividade ao lidar com novos desafios e práticas. Essa ascensão destaca a importância de empresas e gestores considerarem novas formas de atrair e reter talentos, oferecendo oportunidades que envolvam desenvolvimento contínuo e flexibilidade geográfica”, avalia Rafael da Silva Chenta, gerente de operações na Stato Intoo, divisão de gestão de carreira da Gi Group Holding.

Fenômeno de países emergentes

Além do Brasil, outros países dos Brics, grupo de economias emergentes do chamado sul global, têm altos índices de trabalhadores com forte interesse por carreiras internacionais. A China, por exemplo, que também é membro deste bloco econômico, tem os mesmos 70% considerando uma experiência além de suas fronteiras, enquanto 68% admitem que gostariam de vivenciar sua plenitude profissional fora do país asiático. Já na Índia, que lidera esse ranking, 78% gostariam de uma experiência internacional e 75% consideram uma carreira no exterior uma boa ideia.

Mesmo que esses números tenham crescido em potências econômicas, como é o caso da Alemanha e do Reino Unido, o desejo de vivenciar experiências internacionais é menor em nações europeias. Entre os alemães, por exemplo, apenas 37% desejam experimentar o trabalho no exterior, enquanto 36% consideram mudar de vez do país; no Reino Unido, os números são 43% e 42%, respectivamente. Entre os 12 países pesquisados, o que tem menor quantidade de pessoas interessadas no exterior é a França, com 29% considerando uma experiência fora e 26% cogitando uma carreira internacional.

“Em um mundo cada vez mais globalizado e hiperconectado, em que há uma grande oferta de profissionais qualificados em diversas áreas, são as vivências que podem tornar um trabalhador mais competitivo no mercado”, pontua Rafael. “Para enxergar diferenciais claros entre ele e seus concorrentes, o profissional moderno quer se sentir valorizado pela companhia em que ele está, o que envolve planos de carreira claros e acessíveis, treinamento contínuo e a possibilidade de vivenciar experiências diferenciadas, como períodos no exterior”, defende o gerente.

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