Com a grande quantidade de chuva que atingiu Mato Grosso nos últimos 20 dias, os produtores clamam por dias ensolarados para conseguir colher a soja. Estamos na fase da colheita, mas a chuva não dá trégua. O diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Diego Bertuol, contou nesta quarta-feira, 23, que a chuva vai atrasar a colheita e o desenvolvimento da soja no estado.
“O que nós podemos falar é que o produtor, sim, está com dificuldade de tirar o seu grão, por causa do excesso de chuva e também de colocar e plantar a próxima safra, que é a do milho. Estamos com dificuldades, se você não tira a soja, não tem como colocar a cultura do milho”, disse.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O atraso na colheita da soja também traz impacto no milho safrinha, que é para ser plantado logo após a colheita da soja, em janeiro. Em algumas regiões, o milho já era para estar sendo plantado. Porém, a chuva atrapalhou e fez o calendário de plantio atrasar.
As regiões leste e norte de Mato Grosso são as mais afetadas pela chuva e nestes locais a soja também não está se desenvolvendo, devido à falta de sol. Bertuol diz que o excesso de chuva está comprometendo a qualidade dos grãos que ficam "vegetando".
“As vezes dá um pouco de sol, o produtor naquele ímpeto de conseguir salvar alguma coisa dessa soja pronta, coloca as máquinas. Com isso, nós vemos aí então 20% de grãos avariados, que são os grãos podres, alto índice de umidade, chegando a mais de 30% da carga”, explicou.
Apesar disso, Bertuol conta que ainda não é possível estimar o prejuízo, pois as perdas não chegam a 3% e ainda está cedo para fazer os cálculos .
Nos últimos dias, 20 municípios declararam situação de emergência devido às chuvas: Água Boa, Alto Paraguai, Arenápolis, Chapada dos Guimarães, Cocalinho, Confresa, Cuiabá, Itaúba, Luciara, Nova Brasilândia, Nova Nazaré, Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim, Paranatinga, Porto Alegre do Norte, Rio Branco, Rondolândia, Salto do Céu, Serra Nova Dourada e Vila Rica.
Outros 11 municípios seguem sendo monitorados pela Defesa Civil, que são: Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise, Lucas do Rio Verde, Nossa Senhora do Livramento, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Nobres, Rondonópolis, Santa Terezinha e São José do Rio Claro.