O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, enalteceu o apoio e a união dos empresários em retaliação ao Carrefour, que havia suspendido a compra de carne brasileira nas unidades francesas. Durante encontro com os prefeitos eleitos e reeleitos na manhã desta sexta-feira, 29 de novembro, o ministro avisou que ataques aos produtos brasileiros serão punidos com rigor pelo Governo Federal.
Conforme o ministro, a aquisição de carne pelo Carrefour francês não faria grande diferença nas exportações brasileiras. Porém, a retaliação se fez necessária pelas falas do grupo, que afirmou que a carne brasileira não seguia os padrões exigidos.
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“[...] porque o motivo não é comprar ou não comprar. Só para você ter uma noção, 15 anos atrás, a comunidade europeia representava 20% das exportações de carne do Brasil, hoje algo em torno de 2,5% a 5% no máximo, depende do momento. A França menos de 0,5%, e o Carrefour é um pedaço da França, portanto se eles comprarem ou não pouca diferença faz, é claro que nós queremos vender, mas se eles não quiserem comprar, tá certo”, disse Carlos Fávro.
Para o ministro, o embate se deu devido à forma pejorativa usada pela empresa, uma vez que o Brasil está trabalhando para cumprir todas as normas necessárias, se enquadrando dentro dos padrões de qualidade.
“Portanto um caso encerrado, mas ficou um risco no chão, todo mundo tá e pode discutir boas práticas, protocolos, rastreabilidade dos produtos brasileiros para os mercados. Cada um tem direito discutir isso e a gente vai trabalhar para cumprir. Agora, em hipótese alguma falar mal dos produtos brasileiros... quem ousar falar mal dos produtos brasileiros vai ter "A Retaliação", como já foi feito dessa vez”, finalizou o ministro.
ENTENDA O CASO
A movimentação se deu após o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmar no último dia 20 que a rede deixaria de comprar carne do Brasil para o mercado francês. Ele emitiu um comunicado direcionado a produtores franceses, e anunciou que a empresa iria parar de comprar a carne da região e questionou o padrão de qualidade do produto.
A leitura do governo é que, se não houvesse uma resposta firme, outros países poderiam questionar também a carne do Brasil, gerando um efeito cascata.
