O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), criticou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por pedir empréstimo no final do mandato para fazer obras que “não são essenciais”. O prefeito havia pedido ao Banco do Brasil um empréstimo de R$ 139 milhões, que foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 14 de agosto, Fábio afirmou que a Prefeitura tem outras dívidas que deveriam ser quitadas.
“Cuiabá é uma cidade que já passa por dificuldades financeiras muito grandes, tem muitos fornecedores atrasados, falta de remédio, medicamento nas unidades de saúde, uma cidade abandonada, muitos investimentos a se fazer... pegar empréstimo no final do ano para poder fazer obras que não sejam absolutamente essenciais à população de Cuiabá”, criticou.
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Segundo a Prefeitura, R$ 75 milhões do valor emprestado seriam destinados para a instalação de usinas fotovoltaicas, R$ 50 milhões para as obras da Avenida Contorno Leste, R$ 9,5 milhões para recapeamento de ruas da capital e R$ 4,5 milhões para a obra do Mercado do Porto.
Caso o empréstimo fosse consumado, a Prefeitura teria 12 meses de carência e prazo total de 120 meses para quitar a dívida. A transação chegou a ser aprovada pela Câmara, até mesmo com voto de opositores, que argumentavam que o valor só será disponibilizado para o próximo prefeito.
Para Fábio, a justificativa do empréstimo não é adequada no momento, pois há outras prioridades em Cuiabá.
“Em especial, a gente está falando de atender à saúde pública, de melhorar o asfalto da cidade, de poder melhorar as escolas, que são prioridades absolutas de uma cidade abandonada como está Cuiabá”, disparou.
