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Política Quinta-feira, 04 de Abril de 2024, 07:07 - A | A

Quinta-feira, 04 de Abril de 2024, 07h:07 - A | A

INFLUÊNCIA ESTRANGEIRA

"Vai pedir saúde e estrada para o Macron", diz Mauro a indígenas

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que Organizações Não-Governamentais (ONGs) e o presidente da França, Emmanuel Macron, estariam influenciando os indígenas brasileiros para que se posicionem contra a construção da Ferrogrão, entre Mato Grosso e o Pará. Ele ficou indignado ao saber que os indígenas acampados na Praça das Bandeiras, em Cuiabá, desde o começo desta semana, estão protestando contra a construção da ferrovia.

“Com todo respeito aos meus amigos índios, o que que isso impacta na vida deles? O que eles têm a ver com isso? Deve estar a serviço de alguma ONG, a serviço do Macron”, disparou Mauro.

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“Eu quero que esses índios expliquem porque eles são contra. Porque eles estão defendendo os interesses dos produtores franceses? Então, que eles vão lá pedir saúde pro Macron, pedir assistência para o Macron, estrada para o Macron”, complementou.

Mauro também lamentou o posicionamento do Cacique Raoni, que na semana passa pediu ao presidente Lula (PT) que impedisse a construção da Ferrogrão. Macron estava presente no evento, ao lado de Raoni.

O governador lembrou que o próprio cacique Raoni já lhe pediu o asfaltamento da rodovia MT-322 até dentro de sua aldeia, atravessando o interior do Parque Indígena do Xingu e da terra indígena Marãiwatsédé. O pedido foi feito em abril de 2023, durante a visita de Raoni a Cuiabá, para o encerramento do 1º Acampamento Terra Livre em Mato Grosso.

“Eu ouvi, da boca do Raoni, dizer que quer asfalto ali dentro da aldeia dele, da 322. Ele pediu pra mim, isso tá gravado. Vai fazer com dinheiro de quem? Do senhor Macron? Ou com dinheiro dos contribuintes de Mato Grosso, que pagam impostos aqui?”, questionou.

Mauro enfatizou que o governo francês age com objetivos econômicos, para impedir o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e preservar seu mercado na Europa. Ele ainda pediu que os indígenas brasileiros “abram o olho”.

“Não tem ninguém preocupado com o meio ambiente do Brasil não. Não tem ninguém preocupado com os índios daqui”, concluiu.

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