O vice-prefeito Tião da Zaeli (PL) admitiu que existe desgaste entre os poderes Executivo e Legislativo em Várzea Grande, mas ressaltou que, como vice, vai se empenhar para aparar as arestas e garantir um ambiente mais saudável entre a classe política da cidade. Tião conversou com a imprensa na última segunda-feira, 17 de fevereiro, durante a abertura dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal.
“Existe o desgaste... não é novidade para ninguém que existe o desgaste. Nós não fomos eleitos para agradar nem para mentir. Nós temos que falar a verdade. Existe o desgaste e nós vamos trabalhar para que se minimize, respeitando as instituições, Casa de Leis e Executivo. Acredito que nós vamos dar um passo importante hoje, que o Legislativo começa a trabalhar. Mas eu aposto no alinhamento, porque se não alinhar, não vai governar e quem vai perder é o povo”, falou.
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Os dois poderes não estão unidos. Costumeiramente, Câmara e Prefeitura são comandadas pelo mesmo grupo, o que garante um certo conforto de governabilidade ao gestor. Porém, a prefeita Flávia Moretti (PL) não teve essa sorte e enfrenta oposição ferrenha por parte do presidente do Legislativo, o vereador Wanderley Cerqueira (MDB).
Logo no início do ano, Wanderley realizou uma “batida” nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) junto com outros vereadores, até mesmo do PL, partido de Moretti. Ele criticou a secretária de Saúde, Deisi de Cássia Bocalon, por ser moradora de Cuiabá e a mandou “acordar cedo”.
O desalinhamento ficou mais "azedo" durante a crise pela falta d’água em Várzea Grande. Os vereadores foram para os bairros e culparam a prefeita pelas torneiras secas.
Na última segunda-feira, a cidade amanheceu com diversas faixas pedindo o retorno do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) em avenidas e locais de grande movimentação. A manifestação ecoa os protestos populares por falta d'água que ocorreram em vários pontos da Cidade Industrial na última semana, devido a uma série de falhas nos equipamentos do Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG).
A prefeita, por sua vez, aponta um suposto boicote ao seu mandato, que seria orquestrado pela oposição para desgastá-la e impedi-la de trabalhar.