O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), disse que o processo de negociação de dívidas da concessionária Rota do Oeste com a Caixa Econômica Federal está avançando e a expectativa é que todo o trâmite para que o governo assuma o controle acionário seja encerrado em abril.
Em conversa com jornalistas, Botelho comentou que esteve com o governador Mauro Mendes (União) e com o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, na presidência da Caixa Econômica no começo da semana. Na reunião, eles foram informados que os técnicos já aprovaram os termos da renegociação, mas ainda falta o parecer do Conselho da Caixa.
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“Nós entendemos que o parecer técnico está pronto e é favorável e, agora, precisa ser aprovado no Conselho da Caixa. Então, vamos aguardar essa reunião que deve ocorrer na última semana de março, e aprovando logo no início de abril já passaria para o Estado”, explicou Botelho.
Na semana passada, o governador disse que estava aguardando apenas o aval da Caixa Econômica para dar o pontapé inicial nas obras de duplicação da BR-163, após ter conseguido a liberação do Banco Pine.
Segundo Mauro, a Caixa pediu um prazo de 60 dias para analisar todo o processo, o que, em sua visão, é um absurdo, pois o tempo pedido pela Caixa extrapolaria o prazo limite para o Estado concluir a transferência da concessão. O governador reforçou que, enquanto o imbróglio não for resolvido, o governo não pode fazer nenhum investimento na rodovia.
“Nós falamos en passant [com o presidente Lula], só comentei que estamos dependendo apenas da Caixa Econômica aprovar. Todos os bancos já aprovaram, inclusive o Banco Pine, que era um banco que estava travando. Quando resolvemos o problema do Pine, foi aprovado muito rápido a operação dentro das formalidades que o banco tem”, disse em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, 6 de março.
“Os demais bancos já tinham aprovado a operação. A Caixa Econômica, não sei porque, tinha dado a palavra que estava tudo ok, mas não tinha escalado dentro do banco, dentro dos mecanismos oficiais de aprovação. Pediram 60 dias para fazer isso, o que seria um absurdo, porque enquanto a gente não assume, as obras não acontecem”, complementou.
O governo, por meio da MT Participações e Projetos S.A (MT Par), comprou as cotas de participação da Odebrecht Transport e assumiu as dívidas contraídas pela Rota do Oeste para a duplicação de 120 km da BR-163, entre Itiquira e Rondonópolis. Entretanto, diante dos investimentos que ainda serão realizados para que a duplicação da estrada seja concluída, o Governo busca a renegociação dessas dívidas, que somam R$ 950 milhões.