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Política Quinta-feira, 22 de Abril de 2021, 18:02 - A | A

Quinta-feira, 22 de Abril de 2021, 18h:02 - A | A

VLT X BRT

Presidente da Câmara Municipal não sai convencido sobre troca de modal após reunião

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

A licitação para implantação do novo modal de transporte público em Cuiabá e Várzea Grande já tem até data prevista, mas a conversa ainda está longe de ser encerrada. Uma nova reunião para debater a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) foi realizada na manhã desta quinta-feira (22), no Palácio Paiaguás, entre técnicos do governo e vereadores de Cuiabá.

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O encontro não foi suficiente para convencer o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB), de que o BRT é melhor opção que o VLT. Após ouvir as explicações do engenheiro Rafael Detoni Moraes, da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Juca disse que ainda precisa de mais informações para formar sua convicção.

“Nós gostaríamos de ter sido ouvidos antes, tanto que pedimos a audiência no dia 5 de janeiro. Não saio convencido que o BRT é melhor. A bem da verdade, essa é a primeira vez que tivemos a oportunidade de ser ouvidos. Nós vamos cobrar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para que possamos fazer o debate. A vereadora Edna Sampaio (PT) sugeriu que façamos audiência pública, porque a população cuiabana não pode ser pega de surpresa”, disse.

Juca ainda afirmou que nutre esperanças de que o VLT seja terminado, pois a Caixa Econômica Federal (CEF) ainda precisa autorizar a transferência de financiamento antes de começarem as obras para implantação do BRT. Ele aposta que o martelo ainda não foi batido e conta inclusive com intervenções do Ministério Público para mudar o rumo da conversa.

Já o líder do prefeito na Câmara Municipal, Mário Nadaf (PV), explicou que a sua preocupação maior é com relação aos investimentos que já foram feitos na obra inacabada do VLT, que já consumiram mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.

“Esse prejuízo, quem vai pagar? A ação vai demorar, como toda decisão de Poder Judiciário. Nós precisamos ser convencidos. O debate começou hoje e, mesmo assim, um convite parcial, restrito à Mesa Diretora. Fui avisado já era 09h30 e não pude trazer nenhum subsídio, além de estarmos em um dia de sessão”, reclamou Nadaf.

Já o representante do governo, Rafael Detoni, afirmou que a reunião aconteceu a pedido do presidente da Câmara. No encontro, ele apresentou os números e estudos técnicos que embasaram a decisão do governador Mauro Mendes (DEM) pela troca do modal, e garantiu que não haverá empecilhos com a Caixa Econômica para troca do modal.

“O objetivo final, que é a reestruturação e melhoria do transporte, está mantido. A alteração tecnológica de sair do trilho e ir para o pneu é apenas uma modificação de veículo. O objeto permanece e os estudos levantados foram no sentido de apresentar a viabilidade econômica e financeira de cada um deles e o desafio para cada um”, argumentou o engenheiro.

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