O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, espera reunião com o presidente do União Brasil, o governador Mauro Mendes, para resolver seu futuro político. A tendência é que Botelho deixe a sigla, após não conseguir concretizar seu projeto para 2024. No entanto, ele quer permanecer na base governista para não perder apoio de Mauro.
O grande receio é a perda de aliados, principalmente em uma eleição tão disputada quanto a de Cuiabá, que já tem um leque de nomes colocados, dos mais variados espectros políticos.
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“Preciso reunir com o partido e nós não temos janela partidária. Preciso ter a liberação do União e isso nós estamos conduzindo com certo cuidado, para não sair, de certa forma, brigado, não sair rompido com ninguém. Para nós sairmos lá numa construção amigável, inclusive com o governo, com o governador, para nós continuarmos na base, continuarmos no apoio. Tudo isso nós estamos trabalhando com calma”, disse em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 16 de agosto.
Antes de anunciar sua saída do União Brasil, Botelho comentou que tinha carta branca para deixar o partido a qualquer momento. Porém, o parlamentar teme que uma ruptura brusca possa trazer problemas no futuro.
Ainda assim, ele avalia que não tem espaço na sigla. Atualmente, ele enfrenta uma disputa interna com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para ser o candidato do União Brasil à Prefeitura de Cuiabá. Garcia já tem o apoio declarado do governador Mauro Mendes, presidente do partido, e da esposa dele, a primeira-dama Virginia Mendes.
Buscando definir seu futuro político, Botelho esteve em Brasília na semana passada dialogando com lideranças nacionais do MDB e PSD. Todavia, ele preferiu não dar detalhes de como foram os encontros. Sabe-se, porém, que ambas as siglas almejam lançá-lo como candidato a prefeito de Cuiabá.
PERMANÊNCIA
Na semana passada, Botelho anunciou que deixaria o União Brasil por falta de espaço para seu projeto de ser candidato a prefeito de Cuiabá em 2024. Lideranças do União Brasil defendiam estabelecer critérios para escolha do candidato apenas em janeiro, mas o assédio de outros partidos e as declarações de apoio a Garcia levaram Botelho 'tomar a dianteira' e declarar sua saída. Na ocasião, ele deixou claro que não queria aguardar para ser escanteado na última hora.
O anúncio pegou as principais lideranças do União Brasil de surpresa. Dias depois, Botelho adotou um discurso mais brando, dizendo que a situação não estava 100% fechada e que aguardava uma conversa com o presidente do partido para rever sua situação.