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Política Segunda-feira, 04 de Março de 2024, 21:03 - A | A

Segunda-feira, 04 de Março de 2024, 21h:03 - A | A

PREFEITO AFASTADO

"Na vida é assim: a Justiça não falha", diz Mauro Mendes sobre Emanuel

Cátia Alves

Editora-adjunta

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), não se demorou sobre a informação de que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), havia sido afastado do cargo por seis meses após decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MPMT), que aponta o gestor da capital como líder de um suposto esquema de corrupção na Saúde de Cuiabá.

"Tomei conhecimento pela imprensa, mas não sei detalhes da decisão. Porém, volto a dizer, colhemos o que plantamos. Se ele está sofrendo algumas consequências por conta dos desdobramentos de ações ou omissões que aconteceram, na vida é assim, tarde, mas a Justiça não falha", comentou com a imprensa nesta segunda-feira, 4 de março, durante a assinatura de 42 convênios com 34 municípios para obras de infraestrutura, em parceria com as prefeituras.

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Além de Emanuel, o ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues da Silva, o ex-secretário adjunto de Saúde, Milton Corrêa da Costa Neto, e o ex-secretário adjunto de Gestão na Saúde, Gilmar Souza Cardoso, que é atualmente assessor executivo da Secretaria Municipal de Governo de Cuiabá, também estão na mira da Justiça.

O trio, juntamente com o prefeito, é apontado como parte de um esquema de corrupção na Saúde de Cuiabá, que teria movimentado R$ 350 milhões em diversas operações, resultando nas fases da Operação Sangria, Overpriced, Cupincha, Curare, Capistrum, Smartdog e Overpay.

Para Célio, Milton e Gilmar, o desembargador proibiu o contato entre eles e outros servidores. Também está vetada qualquer circulação nos órgãos da prefeitura, sendo obrigatório manter os endereços atualizados e comparecer a todos os atos do processo para os quais forem intimados, além de não poderem deixar a comarca sem aviso.

As restrições também se estendem ao prefeito de Cuiabá.

Sobre a decisão, o governador comentou ainda que não é estranho acontecer isso, já que faz parte dos desdobramentos de investigações que vêm sendo feitas durante o mandato de Emanuel como prefeito e que outras podem acontecer.

"É muito ruim pra mim comentar uma decisão judicial quando eu não conheço minimamente o conteúdo dela. Mas a Justiça tem a prerrogativa e poder para isso e se afastou, eu tenho convicção de que deve ter nos autos argumentos para que levaram a isso. Entretanto, é de conhecimento de todos, todos conhecemos as inúmeras operações policiais movidas, em grande parte na saúde, então não é estranho", comentou.

Essa não é a primeira vez que Emanuel é afastado do cargo. Em outubro de 2021, ele foi afastado pelo mesmo juiz no âmbito da operação deflagrada pelo Naco, Operação Capistrum.

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