Uma portaria assinada durante a gestão de Michel Temer (MDB) impediu a criação de cursos de Medicina no Brasil durante cinco anos, como também a ampliação de vagas do curso já existente em instituições federais. A informação foi dada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), durante uma audiência com o deputado estadual Max Russi (PSB), que pediu a instalação do curso na região do Vale Araguaia, em Mato Grosso.
Conforme Alckmin, nos últimos anos houve um “interregno”, que deve ser encerrado nas primeiras semanas de abril, quando acaba a validade da portaria. Na época, o governo ressaltou que a medida era necessária para fazer uma avaliação e adequação da formação médica no Brasil.
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O presidente em exercício comentou que o prazo termina em abril e que o Ministério da Educação (MEC) vai estabelecer alguns critérios para abertura de vagas e criação do curso.
“Houve lá atrás um interregno de cinco anos. Então durante cinco anos ficou proibido a abertura de novas faculdades. Isso termina na primeira semana de abril, então em abril se encerra. Então, o MEC deve dizer os critérios para poder atender as novas faculdades de Medicina”, explicou.
Sonho antigo
Durante o encontro, Max disse que o curso é esperado pela comunidade há muito tempo, principalmente após a reforma do Hospital Municipal Milton Morbeck (Pronto-Socorro) de Barra do Garças. No ano passado, o governador Mauro Mendes (União) autorizou o repasse de R$ 1,5 milhão para serem aplicados no hospital, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nas unidades básicas de saúde (UBS), na região de Barra do Garças.
Em Mato Grosso, o curso de Medicina é ministrado em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Cáceres.
“Nossa luta antiga, há anos junto com o reitor Marcelo Soler, todos os estudantes e toda a comunidade do Araguaia. A universidade de Medicina no Araguaia. Esse sonho antigo que cada vez estamos vencendo um degrau”, disse.
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