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Política Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 07:03 - A | A

Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 07h:03 - A | A

EQUILÍBRIO FISCAL

Mauro diz que corte de R$ 15 bilhões anunciado por Haddad "é fundamental"

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) defendeu o corte de gastos promovido pelo governo Lula (PT) na tentativa de cumprir a meta fiscal. Na avaliação do governador, a medida é necessária para que o país deixe o ciclo de endividamento, já que há expectativa de que o déficit alcance R$ 28 bilhões este ano.

Na última semana, o governo federal anunciou o congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano. Segundo a equipe econômica, são R$ 11,2 bilhões em bloqueio de despesas e R$ 3,8 bilhões em contingenciamento. Além disso, foi determinado o corte de R$ 25,9 bilhões no orçamento de 2025, na tentativa de alcançar o déficit zero.

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“Isso que está acontecendo no governo federal, esse esforço para buscar o equilíbrio, é fundamental, porque o equilíbrio fiscal nada mais é do que gastar menos do que arrecada e fazer sobrar dinheiro para investir. Não dá para o governo federal continuar apresentando, como vem apresentando há 10 anos de déficit primário, com R$ 200 bilhões de déficit. Esse ano se projetava R$ 14 [bilhões de déficit] e subiu para R$ 28 [bilhões]. E todo esse prejuízo, essa conta, um dia vai chegar para nós brasileiros”, disse o governador, em entrevista à Jovem Pan News na terça-feira, 23 de julho.

Mauro lembrou aos jornalistas que Mato Grosso vivia uma situação de desequilíbrio fiscal quando ele assumiu o governo, em 2019, e que foi necessário adotar uma série de medidas de austeridade para reverter a situação. Hoje, Mato Grosso conseguiu ‘folga’ no orçamento suficiente para permitir o investimento de até 20% da arrecadação.

“O equilíbrio das contas públicas é fundamental para que você tenha condições de ter outras políticas de responsabilidade do Estado sendo executadas. Você não faz Saúde se não tiver dinheiro, não vai fazer Educação de qualidade se não tiver dinheiro. No caso da União, ela vai tomando dívida, vai endividando, tomando dinheiro do mercado, aumentando o tamanho da dívida para financiar essa diferença que existe hoje entre receita e despesa. Estados e Municípios, ou fazem a lição de casa ou não terão dinheiro para nada”, pontuou.

Devido a essa situação fiscal mais ‘confortável’, Mauro avalia que um eventual corte de gastos da União não deve impactar o estado de Mato Grosso. Ele ainda reforçou a necessidade dos cortes no governo federal.

“Eu acho que elas devem ser executadas. Equilíbrio fiscal é importante, é o melhor pilar de uma boa administração pública”, concluiu.

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