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Política Quinta-feira, 03 de Novembro de 2022, 17:54 - A | A

Quinta-feira, 03 de Novembro de 2022, 17h:54 - A | A

MANIFESTAÇÃO NAS ESTRADAS

Mauro dá ultimato a manifestantes: aqueles que não saírem livremente, serão tirados à força

As pistas foram liberadas nesta tarde. Aviso do governador já serve contra novos bloqueios

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) disse que o Estado deve agir de forma ostensiva nesta quinta-feira, 3 de novembro, para liberar pontos de bloqueios nas estradas por manifestantes que não aceitam o resultado do segundo turno das eleições.

Segundo Mauro, os que não aceitarem sair dos locais de obstrução das vias pacificamente serão retirados para garantir o direito de ir e vir. Ele destacou que as forças de segurança atuaram na manhã desta quinta para retirar alguns equipamentos que foram instalados por protestantes no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande.

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“Nós tivemos um pouco de compreensão no primeiro e segundo dia, a partir daí, teve um limite. Nós já estamos desde ontem atuando mais fortemente, hoje no Trevo do Lagarto, nós fizemos apreensão de vários equipamentos que lá estavam e as pessoas, provavelmente, serão responsabilizadas pelo Ministério Público Federal e a ordem é até o final do dia, aqueles que não saíram livremente, terão que ser retirados para garantir o direito da maioria”, ressaltou.

As manifestações começaram na noite de domingo, 30 de outubro, após a divulgação da vitória de Lula (PT), alguns apoiadores de seu opositor Jair Bolsonaro (PL) não gostaram do resultado, alegando fraude e pedindo golpe de Estado.

O movimento começou a dispersar na quarta-feira, três dias após início dos atos, após o pronunciamento de Bolsonaro onde faz apelo para a desobstrução das estradas e pela atuação da polícia em alguns pontos.

Mauro disse que os protestos, feitos de forma ordeira, são sempre bem-vindos e destacou que as que foram feitas se excederam impedindo o tráfego das pessoas pelas rodovias.

“Protestos se feitos dentro da Lei, com ordem, com respeito, tem que ser sempre compreendidos, interpretados e respeitados, não pode exceder, não pode tirar o direito das outras pessoas para reivindicar o seu direito. Porque se você tira o direito dos outros para reivindicar os seus direitos, que moral você tem para fazer isso? Então, eu não posso concordar e não concordo”, comentou.

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