O senador Jayme Campos (União) acredita que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisas eleitorais não deva prosperar no Congresso Nacional. Apesar de ter conseguido o número de assinaturas suficientes para sua abertura, Campos lembrou que para que seja instaurada a CPI, o requerimento precisa ser lido no plenário.
“Já ouvi a declaração do próprio presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, que me parece que essa CPI ela nem vai ser instalada. Tem as assinaturas suficientes, todavia, precisa ser lida pelo presidente da Casa e ser aprovado lá, mas, pelo que me parece, nasceu morta essa [CPI da] pesquisa, até porque o Congresso Nacional está sendo renovado totalmente com a eleição do próximo presidente da Câmara e do Senado”, disse, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, 24 de outubro.
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Dos três senadores da bancada de Mato Grosso, apenas Carlos Fávaro (PSD) não assinou o pedido apresentado por Marcos do Val (Podemos-ES), que tem a finalidade de apurar “as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo e os resultados apurados” dos institutos e empresas de pesquisas no país.
Na avaliação do senador, a investigação não ia “chegar em nada” devido ao pouco tempo de apuração dos fatos antes da mudança dos parlamentares na próxima legislatura, que acontecerá em fevereiro do ano que vem.
Jayme ainda destacou que a pesquisa de opinião é um dos instrumentos mais modernos que existe para essa finalidade, apesar de cometer erros em alguns momentos. Ele lembra que não é apenas no momento presente, lembrando de ocasiões em que pesquisas apontavam a vitória de um candidato e, dois dias depois, ele não ser eleito.
“A pesquisa de opinião pública é um instrumento mais moderno [...] Agora, evidentemente, pode ter casos de erros, isso é normal. A pesquisa é um retrato do momento, foi uma evolução que teve. Vi gente amanhecer com a pesquisa dois dias antes eleita e, no outro dia, perder. Muitas vezes, o eleitor muda em três minutos, dois minutos, de opinião e vota em outro candidato”, comentou.