O ministro do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a suspensão do Plano Safra não foi uma tentativa de manchar sua imagem e nem por corte de gastos do governo federal. Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, ele explicou que o Plano Safra foi suspenso pelo Tesouro Nacional por falta de recursos, pois o Congresso Nacional ainda não votou o Orçamento de 2025.
“Não, não é contenção de gastos, nem uma coisa e nem outra [manchar a imagem], porque não é isso que mancha a minha imagem. Simplesmente, a gente tem que ter responsabilidade com o orçamento do governo. E não é contenção de gastos, porque o governo não contingenciou nenhum real”, afirmou.
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Conforme o governo federal, a suspensão do Plano Safra se deu devido à falta de recursos no Orçamento para cobrir a equalização das taxas de juros. O Orçamento de 2025 ainda não foi aprovado pela Câmara dos Deputados, o que impede o uso de recursos deste ano para renovação do programa. Além disso, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, elevou as despesas do governo com a concessão de crédito subsidiado aos produtores rurais.
“Quando vai acabando esse recurso [do Tesouro Nacional], nós não podemos ter a pedalada fiscal e, prudentemente, o Tesouro Nacional suspendeu o programa até que o Congresso vote, como já disse, o Orçamento de 2025, ou a gente consiga uma liberação excepcional para continuar gastando orçamento até que o Congresso vote, por parte do TCU [Tribunal de Consta da União]. Não se trata de boicote, nem de contingenciamento”, disse.
Enquanto Fávaro concedia entrevista aos jornalistas em Cuiabá, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a liberação de crédito extraordinário R$ 4 bilhões para resolver o impasse com o Plano Safra. O crédito será liberado por meio de uma Medida Provisória e, segundo o ministro, está dentro do arcabouço fiscal.
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