O ministro da Agricultura e senador licenciado por Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), criticou os diretores da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) por não impor limites aos seus associados quanto às manifestações antidemocráticas recentes no Brasil. A crítica foi feita em entrevista às tradicionais ‘páginas amarelas’, da Revista Veja.
Ao veículo, Fávaro admitiu que uma ‘minoria raivosa’ teria financiado os atos, que terminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes, no penúltimo domingo (8 de janeiro). Ainda segundo ele, a Aprosoja foi ‘símbolo’ dos atos antidemocráticos e citou o caso de um delegado da entidade que foi preso ateando fogo em caminhões na BR-163.
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“Houve falta de compostura das lideranças que não souberam impor limites. É muito fácil para um líder instigar e dizer o que seu liderado quer ouvir. Difícil é trazer à razão, ao respeito das leis e das regras, mesmo que isso contrarie aquilo que o seu liderado queria. O incentivo feito verbalmente pelos atuais ocupantes das diretorias da Aprosoja levou muitos produtores a perderem o senso de compromisso com a democracia”, disparou Fávaro.
Na entrevista, entretanto, Fávaro não cita se as lideranças em questão seriam o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Fernando Cadore, ou do presidente da Aprosoja Brasil, o produtor e ex-candidato ao Senado, Antonio Galvan, que chegou a ser alvo da Polícia Federal no ano passado justamente por defender Golpe de Estado e atacar as instituições.
Fávaro ainda disse que os atos do dia 8 de janeiro foram ‘horrorosos’, ‘inaceitáveis’ e que ‘precisam ser reprimidos com o rigor da lei’.
“Temos de dar exemplo para quem ousar afrontar a democracia e os poderes constituídos. A Justiça será rigorosa com esses bandidos, fascistas, terroristas. Eles não passam disso. As pessoas de bem, homens e mulheres que produzem, fiquem tranquilos, nós vamos pacificar o Brasil”, afirmou.