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Política Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024, 19:15 - A | A

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CLÃ DA DIREITA

Deputados de MT saem em defesa de Bolsonaro após ex-presidente ser indiciado pela PF

Thiago Portes

Repórter | Estadão Mato Grosso

Deputados federais de Mato Grosso saíram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi indiciado pela Polícia Federal nessa quinta-feira, 21 de novembro, no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após a eleição presidencial de 2022. Abilio Brunini (PL), Coronel Assis (União) e José Medeiros (PL) avaliam que o indiciamento de Bolsonaro demonstra perseguição e injustiça contra o ex-presidente.

Assis falou que o indiciamento é uma tentativa de calar quem sempre defendeu os valores da família, no que classificou como uma “clara perseguição política”.

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“Mais uma vez, testemunhamos uma tentativa clara de perseguição política contra Jair Bolsonaro, o maior líder conservador que o Brasil já teve. Essa série de ataques não se trata de justiça, mas de uma tentativa de calar a voz de quem sempre defendeu o povo brasileiro, a liberdade, a família e os valores cristãos que sustentam nossa nação”, disse o coronel, em publicação no Instagram.

Prefeito eleito de Cuiabá, o deputado federal Abilio Brunini publicou uma frase de Montesquieu, dizendo que “a injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos”. O liberal também afirmou que as eleições de 2026 estão próximas e que o Senado Federal irá mudar. O bolsonarismo deposita suas esperanças no aumento do número de senadores aliados, já que somente o Senado pode abrir processo de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nestas horas vemos quem está ao nosso lado. Mais uma narrativa que vai cair e 2026 teremos a maioria no Senado. Em Mato Grosso teremos 3 senadores pró-Bolsonaro”, escreveu.

"Fiel escudeiro" de Bolsonaro, José Medeiros postou um vídeo falando que a narrativa é fantasiosa. O deputado ainda ironizou a suposta trama para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Esse golpe não se sustenta. É a criação mais bizarra que já vi, com estilingue, com taxi? [...] Agora a grande bomba, “tinha um plano para matar Lula, matar Alckmin”. Soltaram isso recentemente como se fosse uma bomba”, disse.

Ao todo, 37 pessoas - incluindo Bolsonaro e a cúpula de seu governo - foram indiciadas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Documentos encontrados pela PF apontavam para um suposto plano para assassinar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, recém-eleitos. Além disso, o texto traçava cenários de reação popular e de riscos, e continha uma lista de possíveis armamentos a serem utilizados para alvejar inclusive o ministro do STF.

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