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Política Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2023, 15:45 - A | A

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PROJETO INVASIVO

Deputado diz que Prefeitura de Rondonópolis foi omissa no caso da ferrovia

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual, Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), criticou a omissão da Prefeitura de Rondonópolis ao não avaliar o projeto de expansão dos trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo, que estão sendo executadas pela empresa Rumo Logística. No início da semana passada, a fiscalização da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo embargou as obras e o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), decidiu anular a Certidão de Uso e Ocupação do Solo que foi concedida à empresa. Sem a permissão, não tem como avançar na construção dos trilhos até Cuiabá. 

Na manhã desta quarta-feira, 13 de dezembro, a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, esteve na Assembleia Legislativa para falar sobre os critérios de licenciamento ambiental para a empresa Rumo. "Essa reunião com os deputados que representam Rondonópolis é para tratar sobre a essa polêmica da ferrovia, o embargo do prefeito. Também foi feito um convite à secretária de Meio Ambiente para esclarecer qual  foi o critério desse licenciamento liberado pela Sema", disse. 

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Nininho disse concordar com a preocupação do prefeito Zé do Pátio, mas a obra deve ocorrer com base em um critério mais justo.

"[...]Não se tinha traçado definido ainda, esse foi o erro. E agora, [fomos] surpreendidos com o traçado da ferrovia que está cortando próximo a um condomínio de casas, passando 40 metros delas e pegando outra região que tem projeto de loteamento em andamento, que já foram, inclusive suspensos pelos investidores. Isso está causando um transtorno e eu acho que ninguém é contra de forma alguma, a ferrovia tem que vir para Cuiabá, tem que atender o Norte e ninguém tem o direito de interromper o progresso, mas tem que ser justo, não pode ser empurrado de goela abaixo", disse

O parlamentar avalia que o traçado do trem ficou muito na área urbana. "Eu estou sentindo que a pressão está grande porque a obra já entrou na cidade e está passando dentro de uma área militar. A ferrovia nasce dentro da cidade, aí eu acho que foi deixado de cumprir a função de quem fiscaliza, de quem defende a coisa pública. Você tem que ser justo, realmente ficou um traçado muito próximo da cidade. Isso vai trazer grandes transtornos. 

"Fizeram uma prévia de um estudo e quando se aproximou da cidade, o empresário quer o quê? Ele quer obter resultado financeiro. E quanto mais próximo da cidade e saindo da margem do rio, lá tem algumas particularidades que teria que fazer viaduto de grande porte e toda a [mobilidade urbana da cidade] e diminui muito o investimento, mas nós não podemos também aceitar que para benefícios somente a empresa, tem que ser justo, tem que ser uma coisa que fique equilibrada para a empresa e que não atrapalhe a nossa cidade", concluiu.

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