O deputado federal José Medeiros (PL) quer censurar a divulgação de pesquisas durante o período eleitoral. O parlamentar, conhecido nacionalmente por divulgar fake news, alega que pesquisas eleitorais manipula a opinião pública, citando que os insitutos erraram os resultados de diversos municípios, como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Primavera do Leste. A proposta foi apresentada no projeto de lei n. 4.570/2024.
"É inegável que pesquisas eleitorais, muitas vezes, não refletem a verdadeira vontade popular e acabam manipulando o voto dos eleitores indecisos. O que queremos é garantir que a escolha do eleitor seja livre de pressões externas", afirmou o deputado.
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O parlamentar defende que essas pesquisas sejam realizadas para consumo interno dos partidos, coligações, federações, candidatos e empresas. Em caso de desobediência, o projeto prevê multas de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
Medeiros argumenta ainda que a medida tenta preservar a integridade do processo eleitoral.
HISTÓRICO
Hoje deputado federal, José Medeiros já ocupou o cargo de senador da República. Ele era suplente de Pedro Taques, que renunciou a cadeira para assumir o Governo de Mato Grosso, quando eleito em 2014. A chapa foi alvo de denúncias por fraude nas atas de candidatura e José Medeiros chegou a ser cassado, mas conseguiu encerrar o mandato enquanto o processo tramitava.
Em 2021, o Ministério Público do Estado (MP-MT) representou contra o deputado, por espalhar fake news para descredibilizar as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil.
Já durante as eleições de 2022, o deputado compartilhou em sua rede social que a Justiça havia fechado uma igreja católica em Mirassol D'Oeste (296 km de Cuiabá). A informação foi logo desmentida pela Justiça Eleitoral.
Em março do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Câmara dos Deputados fizesse descontos no salário do parlamentar, caso ele continuasse a espalhar fake news.