Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta terça-feira (18) apura um esquema de vazamentos de decisões judiciais. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro ordens de busca e apreensão. Este é um desdobramento da Operação Sisamnes que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.
Um dos alvos é um advogado que atua como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO), lotado no gabinete de um procurador de justiça. Mandados estão sendo cumpridos na sede do órgão, em Palmas, e nos endereços dos investigadosO g1 pediu posicionamento do MPTO, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A decisão é assinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin. Conforme apurado pela TV Anhanguera, a operação investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.
Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça. O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.
A investigação começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.