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Política Quarta-feira, 22 de Novembro de 2023, 12:15 - A | A

Quarta-feira, 22 de Novembro de 2023, 12h:15 - A | A

(DES)UNIÃO BRASIL

Botelho ironiza Garcia sobre saída do União: "não é o presidente, mas pode fazer a carta que eu aceito"

Presidente da AL disse que ainda vê espaço para lançar candidatura a prefeito

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, rebateu o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que teria deixado as portas do União Brasil abertas para sua saída. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 22 de novembro, Botelho ironizou a fala de Garcia e disse que aceita de bom grado a carta de liberação, para que possa deixar o partido sem incorrer na penalidade de infidelidade partidária, que poderia lhe custar o cargo de deputado.

Na terça, Garcia afirmou que nunca houve problema para conceder a carta de liberação a Botelho, pois uma reunião da Executiva do partido já teria definido em favor da liberação de quem quiser deixar a sigla.

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“Eu vou aguardar a conversa com o governador e aí nós vamos tomar uma posição. Eu espero, inclusive, se o Fábio... O Fábio não é o presidente, mas se ele quiser me liberar, pode fazer a carta que eu aceito”, ironizou Botelho.

Garcia e Botelho travam um verdadeiro cabo de guerra dentro do União Brasil, para serem escolhidos como candidatos do partido a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2024. O chefe da Casa Civil tem a preferência declarada do governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil, e da primeira-dama Virgínia Mendes. Botelho, por outro lado, tem a preferência de figuras expressivas dentro da agremiação, especialmente os deputados estaduais da sigla.

Questionado se ainda vê possibilidade de lançar sua candidatura pelo União, Botelho disse acreditar que conseguirá mudar a opinião do governador. Porém, ele deixou claro que não está preocupado em ligar sua candidatura a nenhuma figura política.

“Eu ainda vejo possibilidade, sim. Eu espero que o governador, ou o grupo, revejam. Se não rever, que me libere. Eu não tenho problema nenhum. Eu não estou fazendo campanha em nome de ninguém, numa pré-campanha. Eu não estou dizendo que sou candidato de A ou de B, eu sou candidato de Botelho, de Deus e do povo. Então, eu não tenho essa preocupação de ser candidato de Mauro, de Emanuel, de Lula ou de Bolsonaro. Eu não sou candidato de ninguém deles”, pontuou.

Aos jornalistas, Botelho explicou que está aguardando uma reunião com o governador até o começo de dezembro, para definir seu futuro político. Em reunião anterior do partido, foi definida a realização de uma pesquisa qualitativa para a escolha do candidato a prefeito, ideia que não agradou a Botelho.

“Eu acho que a qualitativa é importante também, mas não pode desprezar a quantitativa né?! Porque a quantitativa é numérica, é a vontade expressa nas ruas, da população. E a qualitativa ela dá uma tendência de quem pode crescer, o que pode acontecer. Ela não é numérica, ela é subjetiva”, avaliou.

Caso não chegue a um consenso dentro do União Brasil, o presidente da Assembleia deve migrar para o PSD, do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que já lhe ofereceu as condições necessárias para lançar sua candidatura a prefeito de Cuiabá.

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