O deputado federal Nelson Barbudo (PL) disse que políticos de esquerda impedem o aumento de penas no Brasil. Em conversa com jornalistas na última segunda-feira, 25 de novembro, o bolsonarista disse que se dependesse da bancada federal de Mato Grosso, um Código Penal mais rígido seria aprovado em questão de dias.
“A bancada federal está empenhada em gênero, número e grau quanto ao aumento das penas. Para que todos saibam, o que nos impede é a famosa esquerda. Vem um deputado com um contraponto de esquerda e direita”, disse.
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Barbudo é autor do projeto de lei 2988/2024, que torna obrigatória a prisão preventiva para crimes hediondos como estupro, roubo, feminicídio e para reincidentes criminais. A matéria tramita na Câmara dos Deputados em regime de urgência e faz parte de um pacote contra o crime com outros dois projetos - PL 1328/2024 e o 714/2023 - que tem como objetivo inibir delitos dessa natureza e impedir o famoso “prende e solta”.
Barbudo também endossou o Pacote Antifeminicidio, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD), que visa o endurecimento das penas aos criminosos que assassinarem mulheres, aumentando a reclusão, que hoje varia entre 12 a 20 anos, para 40 anos. O projeto foi aprovado na Câmara dos deputados e agora aguarda sanção do presidente Lula (PT).
“Está aqui a minha colega e a nossa senadora, temos um projeto antifeminicidio. Foi votado a urgência do meu projeto em parceria com a senhora. As penas têm que ser aumentadas e o algoz não pode sair da audiência de custodia liberado. Graças a Deus nós apresentamos em regime de urgência e, para crimes hediondos, o criminoso, nem que o juiz queira, ele não vai sair pela porta da frente. Ele vai ter que responder. Ele vai ter que ser preso até o dia do seu julgamento”, disse.
Por fim, o parlamentar disse que é possível endurecer o Código Penal brasileiro em questão de dias e criticou a legislação atual por ser muito branda.
“Se depender de nós, da nossa bancada, a bancada da direita que preserva e preza o cidadão, nós mudaríamos o obsoleto código em questão de dias. É uma pena ver a gloriosa Polícia Militar prende e, quando os policiais estão acabando o inquérito, o cidadão sai. É o fim do fim, é o enxuga gelo e nós precisamos mudar”, concluiu.
