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Política Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 12:21 - A | A

Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 12h:21 - A | A

SAI DA MOITA

Após causar desespero no UB, Botelho agora recua e diz que não está decidido

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

‘Noiva da vez’ na eleição municipal de Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), garantiu que ainda não tomou nenhuma decisão sobre seu futuro político. Em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira, 23 de agosto, Botelho afirmou que ainda terá algumas rodadas de conversa com lideranças do União Brasil antes de analisar os convites que recebeu de outros partidos. Só então irá tomar uma decisão.

Botelho tem aparecido na liderança das pesquisas de intenção de voto realizadas na capital, mas enfrenta uma disputa interna em seu partido, o União Brasil, contra o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que também almeja a Prefeitura de Cuiabá. Diante dessa situação, diversos partidos passaram a assediar o presidente da Assembleia, que já se mostrou disposto a sair do União para ter condições de colocar seu bloco na rua.

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“A decisão não está tomada. Quem colocou, colocou precipitado. Eu disse que vou conversar e, em se mantendo do jeito que está, a tendência é eu sair. É uma tendência. Agora, não está decidido. Só vai estar decidido na hora que eu sentar com o governador, conversar com ele e definir. Aí, estaria definido”, enfatizou.

Apesar de prever algumas rodadas de conversas antes de anunciar sua saída, Botelho já deixou claro que não pretende esperar até o ano que vem, já que também precisa de tempo para construir sua candidatura a prefeito.

"A decisão tem que sair, essa definição tem que sair esse ano. Eu acho que ela é boa para mim e é boa também para o partido, para o governador. Se ele quiser construir mesmo a candidatura, o candidato dele, ele precisa que eu saia do partido, para ele ficar livre para construir", disse.

Segundo Botelho, sua saída do União Brasil ainda pode ser revista se o partido estipular critérios claros para a escolha do candidato a prefeito de Cuiabá. E mesmo se escolher deixar a sigla, o deputado ainda pretende manter a porta aberta e preservar as amizades que construiu.

“Se criar oportunidade para todos dentro do partido, beleza. Agora, se ficar do jeito que está se caminhando aí, eu não tenho interesse nenhum em ficar num grupo em que não há democracia dentro, não há oportunidade para todos. Então, aí para mim não serve”, pontuou.

“Até setembro nós vamos ter essa conversa. Agora, o que eu pretendo? Sair de forma amigável, de forma que eu continue na base, de forma que eu continue minha amizade com o governador. Isso é o que eu estou buscando, porque brigas eleitorais não fazem parte do dia-a-dia aqui da administração. Agora, tem muito tempo também, nós temos ainda 15 meses, nós podemos encaminhar isso com muita tranquilidade, não precisamos ir afoito”, complementou.

Botelho recebeu convites de diversos partidos, mas tem mostrado interesse especial em se filiar ao PSD, do ministro Carlos Fávaro, que também demonstrou mais interesse em tê-lo nos quadros para disputar a Prefeitura de Cuiabá, inclusive com convite do presidente nacional da sigla.

Nas últimas semanas, Botelho chegou a viajar para Brasília para conversar com as lideranças de diferentes partidos. Porém, os detalhes dessas conversas não foram revelados. Até o momento, o presidente da Assembleia só admite que está disposto a ‘sair de casa’ para realizar seu sonho de ser prefeito.

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