O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), engrossou o coro de gestores que reclamam da decisão do Governo do Estado de deixar o repasse do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) para o dia 2 de janeiro do próximo ano. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 23 de dezembro, ele afirmou que a situação deixa os atuais prefeitos em uma "saia justa", fazendo parecer que eles não conseguiram pagar a folha de servidores.
Conforme Kalil, o governo deveria pagar o repasse no dia 30 de dezembro, mas resolveu adiar para o dia 2 de janeiro. Os recursos são referentes à cota dos municípios sobre a arrecadação do ICMS e são essenciais para pagar as contas das Prefeituras.
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“O governo tem prazo para pagar, né?! O problema é que como tem exercícios que estão sendo trocados os prefeitos, aí prejudica o fechamento das contas dos atuais prefeitos. Se eu fosse continuar à frente da administração, não teria problema, porque eu posso pagar a folha até dia 6. Como é que eu pago a folha até dia 6 se eu não vou estar no cargo?”, pontuou o gestor.
Na semana passada, o governador Mauro Mendes (União) afirmou aos jornalistas que fará o repasse na data prevista em lei, sem nenhum dia a mais ou a menos. Porém, nem Mauro nem os prefeitos apontaram qual é a data legal para o pagamento.
Com o afastamento de Mauro para férias de fim de ano, Kalil visitou o governador em exercício, Eduardo Botelho (União), para conversar sobre a situação e buscar apoio para conseguir "fechar suas contas" antes de entregar a gestão para Flávia Moretti (PL).
“Estamos fazendo o esforço para entregar lá da melhor forma possível, cumprir os compromissos que tiver que cumprir e entregar. Estamos buscando as parcerias aí, ajuda, para cumprir todos os compromissos”, pontuou o prefeito, logo após sair do Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso.
FÉRIAS
Deixando a prefeitura após o primeiro mandato, Kalil não revelou seus planos para a vida política. Ele fez mistério sobre uma possível candidatura nas eleições de 2026 e disse que a primeira coisa que fará após deixar o cargo é “tirar uns dias” para cuidar de seus negócios e da própria vida, antes de decidir que rumo tomar.
Kalil também não confirmou se irá aceitar o convite do senador Jayme Campos (União), que lhe ofereceu um cargo em seu gabinete em Brasília.
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