Paulo Witer, conhecido como WT e apontado como tesoureiro da facção criminosa Comando Vermelho, exercendo grande influência nas fileiras de uma das maiores facções criminosas que atuam em Mato Grosso, ainda não foi destituído do seu cargo e permanece no alto escalão da facção mesmo estando preso na Penitenciária Central Estado (PCE). Além disso, WT permanece tendo acesso a telefones celulares mesmo na cadeia.
As informações foram reveladas pelo delegado Rafael Scatolon, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (27) acerca da Operação Fair Play que revelou a compra de um apartamento de luxo em Itapema, Santa Catarina, por WT e outros membros da facção com dinheiro lavado do tráfico de drogas. O apartamento está avaliado em R$ 1 milhão e era usado por WT e seus comparsas como recanto de lazer durante viagens ao Sul do Brasil.
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“Ele continua exercendo o mesmo papel, segundo o levantamento da Gerência de Combate ao Crime organizado (GCCO). Ele tem acesso a aparelhos telefônicos, ele não deixa de ter destaque dentro da facção criminosa e lá de dentro ele passa as orientações, dá seus comandos para que seus soldados cumpram o papel aqui fora nas cidades”, afirmou o delegado.
Ainda conforme o delegado, a organização continua exercendo as ações criminosas mesmo após a Operação Apito Final, deflagrada no dia 02 de abril deste ano e que terminou com a prisão de diversos envolvidos com a facção criminosa por um esquema de lavagem de dinheiro que à época da operação ficou estimado em R$ 65 milhões lavados.
FAIR PLAY
A operação desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Apito Final, deflagrada pela GCCO em abril deste ano, contra o tesoureiro de uma facção criminosa, também principal investigado na Fair Play.
Além de Paulo Witer Faria Paelo, 38 anos, outros alvos da Apito Final também são investigados pela GCCO na operação atual, entre eles um advogado que continuou a atuar como ‘laranja’ do líder criminoso.
Renorcrim
A Operação Fair Play faz parte das ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim). A rede reúne delegados titulares das unidades especializadas e promotores públicos dos 26 estados e Distrito Federal e é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para traçar estratégias de inteligência de combate de forma duradoura à criminalidade.
O cumprimento dos mandados nesta quarta-feira conta com apoio operacional das unidades da Diretoria de Atividades Especiais, da Polícia Civil de Mato Grosso, e da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais e Delegacia de Itapema.