A Operação Gravatas, que revelou diversos nomes de advogados e até um policial militar que estavam envolvidos com o Comando Vermelho, trouxe mais alguns detalhes sobre a ação da facção criminosa que, coordenada com os advogados, estava "em cima" das ocorrências, chegando até a monitorar a viatura do município de Tapurah para saber quando um faccionado seria preso.
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A revelação foi feita pelo delegado Guilherme Pompeo durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (13). Em fotos, é possível ver uma conversa onde a viatura da Polícia Civil é fotografada e uma pessoa diz "presa em Tapurah, agora". Na legenda de uma das fotos, é dito que o advogado da facção é acionado assim que um dos membros é preso.
A rede de monitoramento do crime ia muito além e, segundo a investigação, o policial militar, identificado como Leonardo Qualio, estacionado em Sinop, repassava os boletins de ocorrência e mandados de prisão para as lideranças da facção que estão presas.
Com a divulgação da informação, os criminosos podiam se organizar com mais clareza, chegando a saber com antecedência como seria a ação da Polícia.
Foram alvos da operação os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira e Jéssica Daiane Maróstica, além do já citado Leonardo Qualio.
Veja mais sobre a prisão deles aqui: Advogados e PM envolvidos com o Comando Vermelho passam por audiência de custódia
Veja a entrevista completa do delegado: