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Polícia Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 14:34 - A | A

Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 14h:34 - A | A

CONFIRA A LISTA

Polícia divulga os alvos de operação contra a lavagem de dinheiro do Comando Vermelho

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) divulgou o nome dos alvos da Operação Ragnatela. Entre os alvos estão empresários, DJ, blogueira, servidores e vereador. A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 8, em Cuiabá, e tem o objetivo de desarticular o núcleo do Comando Vermelho, maior facção criminosa do estado de Mato Grosso, responsável por lavagem de dinheiro em casas noturnas cuiabanas.

Além desses nomes já divulgados no momento da operação, os novos alvos revelados pela Sesp são os servidores Rodrigo Anderson de Arruda Rosa (fiscal da Secretaria de Ordem Publica de Cuiabá), Rodrigo de Souza Leal (coordenador de cerimonial da Câmara Municipal de Cuiabá) e Winkler de Freitas Teles (presidente da Fundação Nova Chance (Funac), ligada à própria Sesp). 

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Os nomes com destaques que foram divulgados preliminarmente são o Dj Everton Detona, o vereador Paulo Henrique (PV), o ex-dono do Bar Dallas, Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como "Gordão", o empresário Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, dono das Farmácias Bom Preço, e a blogueira Stheffany Xavier de Melo Silva.

VEJA LISTA COMPLETA

PRISÃO

Elzyo Jardel Xavier Pires
Joadir Alves Gonçalves
Joanilson de Lima Poliveira
João Lennon Arruda de Souza
Kamila Beretta Bertoni
Rodrigo de Souza Leal
Wilian Aparecido da Costa Pereira

 

BUSCA E APREENSÃO

Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares
Ana Cristina Brauna Freitas
Antidia Tatine Moura Ribeiro
Clawilson Almeida Lacava
Clube CT Mangueiras
Dallas Bar
Danilo de Lima Oliveira
Elzyo Jardel Xavier Pires
Everton Marcelino Muniz
Joadir Alves Gonçalves
Joanilson de Lima Oliveira
Joçao Lenon Arruda de Souza
Kamillla Beretta Bewrtoni
Lauriano Silva Gomes da Cruz
Luiz Otávio Natalino
Matheus Araújo Barbosa
Paulo Henrique de Figueiredo
Rafael Piaia Pael
Renan Diego dos Santos Josetti
Rodrigo Anderson de Arruda Rosa
Rodrigo de Souza Leal
Sindicato dos Agentes de Fiscalização
Stheffany Xavier de Melo Silva
Vinicius Pereira da Silva
WA da Costa Pereira - Complexo Beira Rio
Willian Aparecido da Costa Pereira
Wilson Carlos da Costa
Winkler de Freitas Teles

 

SOBRE A OPERAÇÃO

Aproximadamente 400 policiais cumprem oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

Equipes da FICCO identificaram que criminosos participavam da gestão de casas noturnas em Cuiabá. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa.

A ORCRIM contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação de posturas e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios; bem como, a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.

Dois dos principais alvos da operação acabaram sendo presos pela Polícia Federal neste último sábado 1/6, quando desembarcaram em aeroporto do Rio de Janeiro fazendo uso de documentos falsos e posse de grande quantidade de dinheiro em espécie e joias. Posteriormente, foram recolhidos no sistema penitenciária fluminense e também presos por força dos mandados de prisão da presente investigação.

A FICCO/MT é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

Balanço:

8 prisões preventivas
36 mandados de busca
9 sequestros de imóveis
13 sequestros de veículos
2 afastamentos de cargo público
4 suspensões de atividade comercial
68 bloqueios de contas bancárias

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