O perito Gledson Emiliano, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), revelou alguns detalhes descobertos na cena da chacina cometida por Gilberto Rodrigues dos Anjos, o "Maníaco de Sorriso", em uma casa no bairro Florais da Mata, em Sorriso. Em conversa com a imprensa local no fim da tarde desta segunda-feira, 27 de novembro, Gledson revelou que o assassino atacou primeiro a mãe das crianças, Cleci Calvi Cardoso, e deixou a irmã menor, Melissa, por último.
Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e suas três filhas, Miliane (19), Manuela (13) e Melissa (10), foram mortas com requintes de crueldade da noite de sexta para o sábado. Gilberto trabalhava na obra vizinha à residência das vítimas e monitorou a rotina das vítimas antes de atacá-las. Ele já acumulava uma ficha criminal extensa por crimes violentos.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Leia mais: Assassino é predador sexual em série e gostava de "brincar com a Polícia"
Segundo o perito Gledson, Gilberto invadiu a casa pela janela. Já dentro da residência, o criminoso entrou em luta corporal com Cleci na região da cozinha. O perito ainda descreve que havia vários móveis quebrados no local e muito sangue. Após fazer sua primeira vítima, Gilberto seguiu com seu rastro de morte.
"Tudo indica que ele foi na direção ao quarto. Tem sinais, marcas de contato na porta do quarto que indica ele forçando e tem marcas compatíveis com as marcas de chinelo que encontramos no piso da casa, então tá tudo relacionado", contou o perito.
Gledson afirmou que esse foi o crime mais brutal que ele se deparou desde que começou a trabalhar como perito criminal. Além de matar as vítimas a facadas, o criminoso ainda violentou Cleci e suas filhas mais velhas enquanto elas agonizavam.
Questionado sobre a vítima mais nova, o perito contou que o assassino usou um travesseiro para esganá-la. Melissa foi a única que não sofreu violência sexual.
"A lesão da criança mais nova, o que a gente consegue constatar é a esganadura. O enforcamento dela, nós temos indícios que foi usado um dos travesseiros, tem marcas compativeis com o chinelo (do suspeito) no quarto. Essa criança não tem lesão de arma branca, mas, assim, a gente não consegue mensurar, por enquanto, o lapso temporal entre uma vítima e outra. Mas, tudo indica que a mãe foi a primeira vítima, as duas filhas mais velhas foram a segunda e a terceira vítima e a criança é indicativo que ela foi a última vítima", contou.