Quatro estelionatários, que aplicavam golpes de compras de veículos com cheques falsos em todo o país, foram presos em flagrante em uma operação interestadual deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio das Polícias Civis do Pará e de Mato Grosso do Sul.
A operação Defraudo, deflagrada pela Delegacia de Confresa finalizou nesta segunda-feira (03) com duas pessoas presas em Mato Grosso, no sábado (01), e mais duas pessoas presas nesta segunda-feira (03) no estado do Pará, além de dois veículos recuperados.
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As investigações que resultaram na desarticulação do grupo criminoso, tiveram início no mês de fevereiro após os suspeitos passarem por Confresa, onde aplicaram o golpe contra uma idosa de 66 anos, cujo prejuízo foi de R$ 28 mil. Assim que foi comunicada dos fatos, a Polícia Civil, através da Delegacia Municipal de Confresa iniciou as investigações que levaram a identificação de quatro integrantes do grupo criminoso.
As prisões dos suspeitos ocorreram nas cidades de Três Lagoas (MS) e Canaã dos Carajás (PA). As investigações da Delegacia de Confresa apontam que os envolvidos praticaram golpes em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Tocantins, nas cidades de Confresa (MT), Ipiranga do Norte (MT), Guarantã do Norte (MT), Agua Boa (MT), Colider (MT), Uruana (GO), Mineiros (GO), Três Lagoas (MS), Dracena (SP), Palmas (TO).
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O delegado Matheus Soares Augusto, estima que somente em 2021 a associação criminosa tenha causado prejuízos na ordem de R$ 300 mil às vítimas. Outras vítimas devem ser identificadas. “Durante os trabalhos, ficou demonstrado que os criminosos eram especializados em crimes desta natureza. Com base na cidade de Rolim de Moura (RO), eles viajavam o Brasil aplicando golpes e retornavam ao seu estado eventualmente para descansarem e gastar o dinheiro obtido ilicitamente”, disse o delegado.
O GOLPE
Os suspeitos demonstravam interesse na compra do veículo e ao se dirigir à agência bancária para realizar o pagamento, utilizavam cheques falsos. As vítimas acreditando ter recebido a quantia negociada transferiam o veículo aos estelionatários, que a partir então anunciavam nas redes sociais e em sites de venda, com preços abaixo de mercado para que fosse vendido o mais rápido possível.
Ao encontrarem algum interessado vendiam o veículo e recebiam do dinheiro em suas contas bancárias. A vítima que recebeu o cheque falso só percebia o golpe alguns dias depois quando os veículos já haviam sido vendidos para terceiros.
O delegado de Confresa, Matheus Augusto, a investigação contra estelionatários deste calibre é sempre um desafio muito grande, pois eles utilizam de documentos falsos, contas bancárias de laranjas, celulares cadastrados em nomes de terceiros.
Os investigados serão indiciados por crimes de Estelionato Qualificado, Uso de Documento Falso, Falsidade Ideológica, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Os criminosos se apresentavam com documentação falsa, buscando vítimas idosas ou que percebessem alguma vulnerabilidade.