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Polícia Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 13:03 - A | A

Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 13h:03 - A | A

CASO CRISTIANE

Ex-policial matou advogada porque ela se recusou a praticar sexo anal, diz delegado

Depoimento de testemunha ajudou a polícia

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

As investigações sobre brutal feminicídio que vitimou a advogada Cristiane Castrillon Fonseca, de 48 anos, trouxeram à luz detalhes sombrios do crime que chocou a capital no último dia 14 de agosto. Almir Monteiro dos Reis teria cometido o crime bárbaro após Cristiane se negar a fazer sexo anal. As informações são do delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (24).

A tese foi levantada após investigações e relatos de uma mulher que estava se relacionando com o assassino. Almir levou essa mulher para casa momentos após deixar o corpo de de Cristiane no Parque das Águas, em Cuiabá. Os detalhes do depoimento dessa mulher coincidem com os sinais encontrados no corpo da advogada.

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“Então, diante de outros relatos testemunhais, a gente chegou até uma testemunha que já tinha passado por algo similar com esse suspeito, com o Almir. Agora a gente pode falar que ele é indiciado e que ele fez o mesmo modus operandi com essa outra mulher, só que não conseguiu efetivamente”, explicou o delegado.

Após a recusa de Cristiane, o assassino teria decidido estuprá-la e matá-la, para não responder pelo crime de violência sexual.

O CASO

Cristiane Castrillon da Fonseca, de 48 anos, foi achada morta dentro do seu veículo, um Jeep Renegade, na tarde do dia 13 de agosto, um domingo. O veículo foi deixado no estacionamento do Parque das Águas, em Cuiabá. Conforme detalhes iniciais da perícia, Cristiane foi morta asfixiada.

Horas antes do crime, ainda no sábado (12), Cristiane estava em um bar nas proximidades da Arena Pantanal quando conheceu Almir. Próximo da meia-noite, Cristiane e Almir deixaram o bar juntos. Após isso, a família de Cristiane não teve mais contato com a vítima.

As investigações localizaram Almir em sua residência, no bairro Jardim Santa Amália. O ex-policial confessou que dormiu com a vítima, mas apresentou contradições nas versões que deu aos policiais. Na casa, os investigadores encontraram pistas que o ligavam ao assassinato de Cristiane, com evidências de que o suspeito teria tentado lavar o local do crime.

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