Preso durante a Operação Lobo Mau, E.B.O, diretor de uma Escola Estadual da capital, era inicialmente apenas alvo de um mandado de busca e apreensão, mas terminou preso em flagrante após os agentes do Gaeco localizarem um vasto arquivo de pornografia infantil em seu computador. A operação, deflagrada nesta quinta-feira (31) também foi responsável pela prisão de um jovem de 19 anos no município de Tangará da Serra.
Conforme informações obtidas pela reportagem do Estadão Mato Grosso, o professor é efetivo na Secretaria de Estado e Educação e recebe por mês o salário de R$ 8.565,52. E.B.O é professor de Educação Básica e, além disso, o alvo é historiador e sua identidade não será revelada para preservar possíveis vítimas do diretor.
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A OPERAÇÃO
Com o avanço das investigações foi possível descobrir a existência de um número muito expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.
O nome da operação – Operação Lobo Mau –faz referência justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.
Estão sendo cumpridos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 Estados da federação e no Distrito Federal e a operação mobilizou equipes especializadas das Polícias Civis e dos Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. Também contou com a participação das Polícias Militares dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo estão sendo apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta, e contínua, no combate a esse tipo de crime.