José Edson de Santana, assassino confesso de Davi Heitor Prates, de 5 anos, “ajudou” nas buscas pela criança quando ela ainda estava dada como desaparecida. O crime brutal, registrado no último sábado (4), mobilizou equipes de busca do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e populares.
As buscas pelo corpo de Davi duraram três dias e terminaram no fim da manhã desta segunda-feira (6), com o corpo sendo localizado próximo a uma pista de motocross, na MT-320, em Colíder.
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De acordo com o Breno Houly, delegado responsável pela investigação do caso, José Edson agiu de forma dissimulada ao ajudar nas buscas por Davi Heitor.
José teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva e foi transferido à Penitenciária de Alta Floresta.
“Com imagens de câmeras de segurança nós conseguimos montar o trajeto que ele fez com a criança, que ele negava que teria encontrado” explicou Houly.
Ainda conforme o delegado, a criança brincava na frente de casa na manhã de sábado. Às 11h24, ela senta na calçada como se estivesse esperando alguém.
“Logo em seguida o autor vai até a casa vizinha, pega uma moto, uma moto verde e já sai com dois capacetes, o que demonstra uma premeditação já no homicídio” diz o delegado.
Davi tinha uma ligação afetiva muito grande com José, segundo o delegado. O vínculo existia porque o assassino era padrasto da vítima.
Por causa disso, Davi teria questionado José aonde ele estava indo. O assassino respondeu que estava indo comprar marmita e a criança pediu para ir junto.
Maldade pura
José aceitou levar a criança, mas desviou da rota do restaurante. Pela MT-320, sentido Nova Canaã do Norte, o assassino parou a moto em uma ponte e convidou a vítima a ver os peixes e pescar.
Já sob a ponte, José asfixiou Davi. Conforme descrito na decisão que converteu a prisão em flagrante de José para uma prisão preventiva, o assassino “asfixiou com suas mãos as vias aéreas da criança, que chegou a se debater por 4 ou 5 minutos”.
Davi desmaiou e teve suas pernas amarradas com uma pedra que pesava cerca de 10 quilos.
“Ele entra na água até certo ponto e quando a água começa a ficar muito funda, ele joga a criança. Isso é o que ele confessa, esse é o fato que ele demonstra sem nenhum sentimento de remorso” diz o delegado.
Além disso, José alegou no seu depoimento que não se lembrava do motivo que o levou a matar Davi.
O caso continua a ser investigado.