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Mundo Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2025, 14:56 - A | A

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"TIROU TINTA"

VÍDEO: Helicóptero chinês passa de "raspão" em avião e assusta passageiros

g1

Um helicóptero da Marinha chinesa voou a menos de 3 metros de um avião de patrulha filipino nesta terça-feira (18), em uma área disputada do mar do sul da China. O governo das Filipinas acusou os chineses de violar normas de aviação, e a China contestou.

O helicóptero chinês tentava forçar um avião turboélice Cessna Caravan, pertencente ao Departamento de Pesca e Recursos Aquáticos das Filipinas, a deixar o espaço aéreo sobre o Atol de Scarborough, uma área disputada no noroeste das Filipinas, que a China reivindica como seu território.

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"Você está voando muito perto, é muito perigoso e está colocando em risco a vida da nossa tripulação e passageiros", alertou o piloto filipino pelo rádio ao helicóptero chinês. "Afastem-se e mantenham distância da nossa aeronave, vocês estão violando os padrões de segurança estabelecidos pela FAA e pela ICAO."

O piloto se referia à distância mínima entre aeronaves exigida pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) e pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) para evitar desastres aéreos.

O impasse entre as aeronaves filipina e chinesa durou 30 minutos e foi testemunhado por jornalistas da mídia estrangeira e da agência de notícias Associated Press (AP), que estavam a bordo do avião filipino a convite.

Após o episódio, a guarda costeira das Filipinas acusou a Marinha chinesa de realizar manobras aéreas perigosas e classificou o voo como uma "violação clara e flagrante desrespeito" às normas de aviação. A China contestou a acusação.

"Essa ação imprudente representou um risco sério à segurança dos pilotos e passageiros", disse a guarda costeira filipina em comunicado.

O Comando do Teatro Sul das Forças Armadas da China afirmou que a aeronave filipina "invadiu ilegalmente" o espaço aéreo chinês e acusou as Filipinas de "espalhar falsas narrativas".

A China mobilizou forças navais e aéreas para monitorar, advertir e expulsar a aeronave filipina, disse o comando militar chinês em um comunicado, acrescentando que a ação de Manila "violou gravemente" a soberania da China.

A China reivindica soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, uma via marítima vital por onde circulam mais de 3 trilhões de dólares em comércio anual, colocando-a em desacordo com Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas e Vietnã.

Uma decisão arbitral de 2016 invalidou a ampla reivindicação territorial da China, mas Pequim se recusa a reconhecer a sentença.

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