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Judiciário Quinta-feira, 17 de Agosto de 2023, 18:26 - A | A

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FORA DA MIRA

PGR arquiva investigação após vereadora de MT provar que não participou de atos pró-Bolsonaro

Gleyscler havia sido citada por uso de verba pública para ir ao ato

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou a investigação que tramitava contra a vereadora por Comodoro (639 km de Cuiabá), Gleyscler Belussi Ribeiro (Podemos). Ela era investigada por supostamente usar dinheiro público para participar das manifestações pró-Bolsonaro (PL) no mês de dezembro, em Brasília. A decisão é da subprocuradora-geral da República, Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, que acolheu as provas da vereadora sobre sua participação em um curso nas datas citadas na investigação.

“Na presente hipótese, não há elementos suficientes que justifiquem o prosseguimento da persecução penal, bem como não há informações no sentido de que a ora investigada tenha participado dos atos criminosos ocorridos em 08.01.2023”, decidiu a magistrada.

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A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia recebida pela PGR de que Gleyscler teria utilizado R$ 13 mil de verbas públicas para viajar a Brasília e participar do atos em defesa do então presidente Jair Bolsonaro, derrotado na eleição de 2022. Essa verba teria sido usada com a justificativa que ela participaria do curso "Preparando a Câmara para 2023: Criação de Agenda Propositiva e Planejamento Estratégico para o Legislativo" entre 13 e 16 de dezembro.

A PGR então pediu informações ao Instituto de Desenvolvimento Público Plenum Brasil, responsável pelo curso, que forneceu dados e provas de que Gleyscler participou de todas as aulas. A empresa apresentou lista de presença e fotos da turma à qual a vereadora integrava.

O documento da PGR ainda cita vídeos que teriam sido filmados pela parlamentar e compartilhados em grupos de WhatsApp e outras redes sociais.

"O fato de estar em Brasília nos dias dos atos de ataque ao prédio da polícia federal (12/12/2023), por si só, não permitem inferir que a agente pública teria participado materialmente dos atos criminosos ou incentivado os graves ataques a prédios públicos e à corporação policial. Igualmente, o fato de ter filmado os ataques e divulgado em suas redes sociais, por si só, também não permitem imputar os atos ilícitos à parlamentar, pois, do vídeo constante nos autos não há elementos quanto à prática dos atos criminosos em si e tampouco incentivo ou apologia aos fatos criminosos ocorridos no local", menciona o documento.

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