Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento de um recurso do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre uma suposta fraude na fila da vacina da Covid-19 em Cuiabá. A vista foi solicitada após o voto do ministro Nunes Marques, relator, negar o recurso ao emedebista.
Ocorre que Emanuel Pinheiro pede que a ação tramite no STF, uma vez que duas das pessoas citadas estarem exercendo mandato na Câmara Federal. Trata-se do deputado federal Emanuelzinho (MDB), que é filho do prefeito, e da ex-deputada federal Rosa Neide (PT), atual diretora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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O relatório foi produzido pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MP), e aponta que Emanuel teria permitido que diversas pessoas furassem a fila da vacina no meio da campanha de agendamento. Entre as pessoas estariam magistrados, delegado de polícia e políticos.
Conforme a denúncia do Naco, o esquema de fraude à lista de prioridades de vacinação contra a Covid-19 foi descoberta durante análises de conversas de WhatsApp dos celulares de Emanuel e de Antônio Monreal, que haviam sido apreendidos pela Polícia Civil no âmbito da Operação Capistrum em outubro do ano passado.